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2019 é ano de decisões

A chegada de um novo ano envolve sempre reflexões, reformulações e novos projetos. É também isso que se prevê para a União Europeia (UE) em 2019.

O balanço do ano passado revela importantes concretizações: são exemplos as propostas de reforço do orçamento da UE para a Ciência e Inovação e também para programas como Erasmus+. Adotámos ainda a primeira grande Estratégia Europeia para os Plásticos, que deixa clara a intenção da Comissão Europeia de proteger o ambiente; criámos o programa DiscoverEU, que oferece viagens de Interrail pela Europa a jovens no seu 18º aniversário; propusemos o mecanismo europeu de proteção civil ‑ o rescEU ‑, que vai ajudar os países europeus na resposta a futuras catástrofes naturais. Conseguimos ainda, no final do ano, o fim do bloqueio geográfico ao comércio eletrónico ‑ o dito 'geoblocking' ‑ na UE. No entanto, 2018 fica igualmente marcado por alguns abalos. O brexit é um desafio já bem conhecido que vai continuar a dar que falar. E o crescimento da desinformação e o perigo que esta representa para as nossas democracias é outro obstáculo que temos de ultrapassar.

O ano muda, mas há sempre temas que se mantêm. Algumas das prioridades que temos para 2019 são questões que já temos vindo a defender há algum tempo. Este ano, vamos continuar a querer impulsionar e fortalecer a economia europeia; a melhorar a segurança (e a cibersegurança) e estabilidade dos cidadãos; bem como investir no crescimento do emprego, sobretudo o emprego jovem, que ainda não atingiu os valores que queremos que atinja. Vamos tornar a economia europeia mais ecológica, com meios de transporte menos poluentes e com maior e melhor uso das energias renováveis, através do Mecanismo Interligar a Europa. Não esquecemos a questão migratória, que se arrasta há demasiados anos. Neste assunto, a Comissão tem lutado por uma política de refugiados comum e solidária na UE. Resta-nos continuar a promover negociações entre os países europeus para que estes consigam chegar a um acordo e acabar com o sofrimento dos refugiados que procuram o nosso continente.

Todos estes são temas muito importantes. Ainda assim, é inegável qual o grande evento de 2019 na UE: são as eleições europeias, que em Portugal acontecem a 26 de maio de 2019. E para esse evento que se avizinha, é fundamental termos em conta os ensinamentos do ano passado. É essencial garantir que estas eleições não são afetadas pela desinformação, por 'fake news' e por manipulação eleitoral. É nosso dever, enquanto europeus, garantirmos que vamos exercer um voto livre, informado e ponderado.

Nos últimos tempos, temos conseguido, em conjunto, promover o debate sobre a UE e o seu futuro. O ano de 2019 representa a meta dessa discussão. Se queremos ver a UE a ir mais ao encontro das nossas preocupações, então as urnas são, de longe, o local mais apropriado para nos pronunciarmos e para garantirmos que a nossa voz é ouvida.

Este é o ano em que nos vamos manifestar. Este é o ano em que vamos dizer que Europa queremos para o futuro. Então, vamos informar-nos, mobilizar os outros e votar. Vamos a 2019. Vamos às decisões!

Sofia Colares Alves
Chefe de Representação da Comissão Europeia em Portugal (artigo escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico)