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Advento: Cardeal-Patriarca de Lisboa apela a um tempo marcado pela caridade, sentida e praticada

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Neste Advento, o Cardeal-Patriarca de Lisboa apela a um tempo marcado pela “caridade, sentida e praticada”. D. Manuel Clemente deixou este desafio durante a ordenação de três diáconos no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

O Cardeal-Patriarca de Lisboa desafiou este domingo todas as comunidades católicas a serem sinais da proximidade de Cristo, neste início de Advento, junto de todos quanto hoje vivem em maior dificuldade. Na celebração, D. Manuel Clemente realçou que “viver o Advento é sê-lo para os outros, que são sinais de Cristo, que nos toca e reclama”. “Repetindo a sua proximidade em relação a quem mais sofra fragilidades e ruínas. A cor litúrgica do Advento induz-nos à conversão, que se traduz em caridade, sentida e praticada”, apontou o Cardeal-Patriarca de Lisboa.

Este domingo, na Igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, D. Manuel Clemente presidiu à ordenação diaconal de Miguel Romão Rodrigues (Paróquia da Amadora), Tiago Ferreira Roque (Vimeiro, Lourinhã) e Jacob Jojo Kadavimparambil Georg (Diocese de Cochim, na Índia), todos do Seminário dos Olivais.

A eucaristia de ordenação coincidiu com o início do tempo litúrgico do Advento, etapa de preparação para o Natal, em que os cristãos celebram o nascimento de Cristo. Na sua homilia, o Cardeal-Patriarca de Lisboa referiu que pode “parecer contraditório” falar de “boa nova”, num tempo marcado por tantos dramas, humanos e ambientais, “como a desertificação, a falta de água potável e os cataclismos que o descuido humano provoca, ou os intermináveis conflitos que eliminam tantas vidas e desfiguram a terra”.

“Como podemos considerar ‘boa nova’ um tal cenário de coisas graves, que mais provocariam medo do que esperança? Parece contraditório, entre tantas imagens do fim, mas nós cristãos sabemos que o não é”, frisou D. Manuel Clemente, que recordou depois um tempo em que Cristo vem para “preencher de vida” a humanidade.

“Depois do Advento virá o Natal. Porém, como aconteceu na sua primeira vinda, Jesus continuará a ‘nascer’ no lugar que encontrar. Há dois mil anos só pôde ser num presépio, pois ‘não havia lugar na hospedaria’. Preparemos-lhe agora um lugar melhor, no nosso coração e na nossa vida”, apelou o Cardeal-Patriarca de Lisboa.

Texto: Agência Ecclesia
Fotografia: Luís Moreira/Patriarcado de Lisboa