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Cardeal Patriarca de Lisboa espera que sucessor seja nomeado até Setembro

D Manuel Clemente

O Cardeal-Patriarca de Lisboa disse hoje que apresentou a sua renúncia do cargo ao Papa após a morte de D. Daniel Batalha, Bispo Auxiliar de Lisboa, em Novembro de 2022, esperando que a nomeação do seu sucessor ocorra até Setembro.

D. Manuel Clemente, torriense que completa no domingo 75 anos - a idade em que se torna obrigatória a apresentação da renúncia ao cargo - disse, em entrevista à agência Ecclesia, que “a Diocese de Lisboa está num estado em que precisa (…) de ser recomposta na sua equipa episcopal”. “É absolutamente necessário olhar para Lisboa e esse olhar passa, com certeza, por quem tem de reorganizar o serviço episcopal. E não sou eu”, acrescentou o patriarca, lembrando que, no Patriarcado, o ano pastoral começa, por norma, a 1 de Setembro, pelo que espera que até essa data haja nomeação do seu sucessor, por ser “uma boa altura para recomeçar, também sem demorar muito”. “É preciso alguém que reorganize a vida da diocese, em termos episcopais. E que também proponha ao Papa os seus colaboradores”, acrescentou na entrevista à Ecclesia. D Manuel Clemente cumpriu no dia 6 de Julho 10 anos à frente do Patriarcado de Lisboa.

Quanto a nomes, vários têm sido apontados publicamente, desde D. Américo Aguiar (auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, que será elevado a cardeal a 30 de Setembro) a D. Francisco Senra Coelho (Évora), passando por D. Virgílio Antunes (Coimbra), D. Nuno Brás (Funchal) ou D. Rui Valério (Forças Armadas e de Segurança), mas é sabido que muitas vezes é a surpresa que marca a decisão do Vaticano. É conhecida, no entanto, a opinião de D. Manuel Clemente, que, no Verão de 2022, em entrevista à Rádio Renascença, defendeu que Lisboa iria precisar de “um bispo a condizer com a juventude”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados (arquivo)