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Câmara Municipal da Lourinhã aprovou orçamento e plano de 37 milhões de euros para 2024

cml

A Câmara Municipal da Lourinhã aprovou hoje o orçamento e plano de actividades para 2024 no valor de 37 milhões de euros (ME), superior em 5,2 ME ao de 2023. Em reunião pública realizada esta manhã, o executivo municipal aprovou por maioria o Orçamento e as Grandes Opções para o próximo ano com os votos a favor da maioria PS e contra do PSD.

A diferença orçamental deve-se ao aumento das receitas e, em consequência, da despesa, resultantes do crescimento populacional no concelho, segundo o orçamento a que a agência Lusa teve acesso.

Do lado das receitas, as correntes estão estimadas em 30,8 ME, uma variação positiva de 3,7 ME face ao ano anterior, impulsionada sobretudo pelos impostos directos (9,6 ME para 11,1 ME) e pelas transferências correntes (8,8 ME para 10,3 ME).

Nos impostos directos, tendo em conta a receita arrecadada nos últimos dois anos, a maior subida de receita deverá ocorrer no Imposto Municipal sobre Transações Onerosas de Imóveis (IMT - 3,9 ME para 5,1 ME), revelador do crescimento de população no concelho e da continuidade da dinâmica do mercado imobiliário.

Apesar de a autarquia manter as taxas, estão também previstos aumentos na derrama (265 mil euros para 497 mil euros) e do Imposto Único de Circulação (IUC - 805 mil euros para 862 mil euros) e uma estabilização no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 4,6 ME.

Nas transferências correntes, o aumento deve-se à transferência de competências do Estado nas áreas da Acção Social e da Saúde e respectivo pacote financeiro de quase 1ME e das receitas de IRS (909 mil euros para 1,1 ME).

Face a 2023, o município lourinhanense prevê também aumentar a receita de capital (4,6 ME para 5,3 ME), em consequência das transferências de verbas sobretudo dos fundos comunitários e do Plano de Recuperação e Resiliência.

Quanto à despesa, é estimado um acréscimo na despesa corrente de 3,8 ME (24,1 ME em 2023 para 27,9 ME em 2024), influenciado não só pela aquisição de bens e serviços (8,8 ME para 10,1 ME), devido à inflação, mas sobretudo pelas despesas com pessoal (12 ME para 13,8 ME).

A câmara municipal justifica o aumento dos gastos com pessoal com as actualizações salariais, transferência de competências, progressões na carreira e 57 colaboradores (48 novos, 7 mobilidades internas e 2 concursos de dirigentes que se encontram a decorrer) a juntar ao quadro de pessoal composto por 630 trabalhadores.

Pelo segundo ano, a câmara municipal prevê uma despesa de capital de 7,6 ME, dos quais 7,3 ME são investimentos, mais 1,3 ME do que em 2023.

As prioridades para 2024 são os projectos da Estratégia Local de Habitação, com aquisição e requalificação de imóveis para habitação (1,5 ME), a reabilitação da rede viária (1,4 ME), a requalificação do Forte de Paimogo (427 mil euros) e a requalificação e ampliação da rede de saneamento e de água.

O orçamento, que serve uma população de cerca de 26 mil habitantes, vai ser ainda submetido este mês à aprovação pela assembleia municipal, órgão onde o PS tem a maioria, à semelhança da câmara municipal.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)