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Lourinhã: programação dedicada à liberdade celebra 50 anos do 25 de Abril

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Foi lançado esta segunda-feira o programa de actividades culturais, evocativas dos 50 anos do 25 de Abril, que se assinalam este ano e que serão celebrados pelo Município da Lourinhã.

Disponível para consulta em Site Autárquico do Município da Lourinhã - Celebrar Abril (cm-lourinha.pt), a programação é diversificada e dirigida aos vários públicos, com foco no infanto-juvenil, que descobrirá, durante todo este mês, o mais importante capítulo da segunda metade do século XX, naquilo que à história de Portugal respeita.

Entre contações de histórias, teatro, jogos lúdicos, exposições, leitura de poesia e prosa, música, desporto e a já habitual sessão solene evocativa do 25 de Abril, todas as actividades são de entrada gratuita, algumas com inscrição obrigatória.

Destaque para os dias 24 e 25 com o auditório da Associação Musical e Artística Lourinhanense a receber, a 24, o espectáculo de música e conversa ‘Que a voz não te esmoreça: tertúlia sobre os 50 anos do 25 de Abril’, com a presença de Domingos Abrantes e Conceição Matos, presos políticos durante o Estado Novo, que contam, na primeira pessoa, como lutaram pela liberdade de um país, sempre com o olhar vivo e atento no futuro que se espera para um povo. O Coro Municipal da Lourinhã pontua esta conversa, com velhos e novos arranjos corais, de músicas que se revelaram motores da Revolução de Abril, de entre as quais uma das cantigas compostas por Zeca Afonso, que nunca chegou a ser editada.

No dia 25, a manhã começa com a 31ª edição ‘Correr Abril’, prova de atletismo organizada pela autarquia lourinhanense, dirigida a atletas federados e não federados, integrada no calendário competitivo do Troféu Municipal de Atletismo da Lourinhã. De tarde, a Praça José Máximo da Costa recebe a sessão solene evocativa do 25 de Abril.

O programa desta segunda-feira contempla a ‘Contação de Histórias’ - ‘Regar Abril’ , um espectáculo de teatro infantil com música ao vivo sobre o 25 de Abril de 1974 (50 minutos), no Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro, com entradas livres. O público-alvo são crianças dos 5 aos 12 anos, com limite a 40 participantes por sessão, entre as 14h30 e 16h00. Para hoje está também previsto ‘À Descoberta do 25 de Abril’, um jogo gigante, que mostra, através dos mais variados desafios sobre múltiplas áreas, o que significou o Estado Novo e a ditadura, bem como a importância do 25 de Abril para os portugueses e para Portugal, para a liberdade de todos. Com entrada livre, a actividade desenrola-se na biblioteca municipal ou nas escolas do concelho (1h30). Para alunos dos 6 aos 12 anos com limite de 25 participantes por sessão. Decorre ainda a Hora do Conto: ‘Era uma vez um Cravo’, de José Jorge Letria. Escrito sob a forma de um poema, conta a história de um cravo na manhã do dia 25 de Abril de 1974. Uma florista ofereceu-o a um militar que passou pela frente da loja dela. Pô-lo na sua espingarda. Há muitos desenhos da vida lisboeta na madrugada da revolução: as praças, as pessoas com penteados e roupas típicas dos anos setenta. Com entrada livre, desenrola-se na Biblioteca Municipal (30 minutos) e é dirigido às crianças dos 6 aos 10 anos (1º ciclo) com limite de 25 participantes.

Num comunicado enviado ao ALVORADA a edilidade adianta que o mês de Abril irá prolongar-se para Maio, no Livros a Oeste - Festival do Leitor, que decorre de 14 a 18 e que terá por tema '… Liberdade…', estabelecendo uma ligação imediata com os 50 anos do 25 de Abril de 1974.

Para a autarquia, assinalar o 25 de Abril, nomeadamente os 50 anos volvidos depois da revolução, “é trazer à memória a importância do derrube de uma ditadura que dominava Portugal há mais de 40 anos, permitindo que o rumo da história nacional mudasse definitivamente”. No mesmo comunicado o município refere ainda que a vida de milhares de portugueses “alterou-se radicalmente”, nomeadamente “através do fim da Guerra Colonial, do restabelecimento das liberdades fundamentais, da constituição de um governo civil e da realização de eleições livres”. Invocar Abril “é permitir uma sociedade mais conhecedora da sua história recente, e também mais participativa, plural e democrática”.

Texto: ALVORADA com comunicado da CML