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Artista Carlos Bunga é um dos escolhidos para a 35.ª edição da Bienal de São Paulo

carlosbunga

O artista plástico Carlos Bunga, que viveu mais de dez anos no concelho da Lourinhã, diplomado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), é um dos 120 seleccionados para a 35.ª Bienal de São Paulo, no Brasil, revelou o Politécnico de Leiria em comunicado enviado ao ALVORADA.

Intitulada ‘Coreografias do Impossível’, a bienal decorre de 6 de Setembro a 10 de Dezembro, com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel. Já o design de espaços é produto do atelier de arquitectura Vão.

Carlos Bunga tem patente, até 15 de Outubro, a sua primeira exposição antológica, ‘Performar a natureza’, na Fundação Per Amor a l'Art - Centro de Arte Bombas Gens, Valência (Espanha). Em 2003, venceu o prémio EDP Novos Artistas. As suas intervenções artísticas acontecem em lugares escolhidos previamente, que transforma, privilegiando o uso de materiais como papelão, tinta e fita adesiva. No seu trabalho, utiliza instalações de grandes dimensões, elaboradas como estruturas arquitectónicas. Estas estruturas são muitas vezes destruídas pelo artista em performances, ou antes da abertura da exposição.

O artista tem visto as suas criações expostas em museus e centros de arte reconhecidos internacionalmente como o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, o Museu de Serralves, no Porto, o Museu Nacional Rainha Sofia, em Madrid, a Whitechapel Gallery, em Londres, ou o Museu Universitário de Arte Contemporânea, na Cidade do México.

Para esta edição da Bienal de São Paulo foram seleccionados sobretudo artistas do Brasil, mas também do México, Estados Unidos da América, Canadá, Espanha, França, Itália, Gana, Filipinas, Guatemala, Gana, Líbano e África do Sul. De Portugal, a par de Carlos Bunga, foi selecionada Raquel Lima, poeta, ‘performer’ e educadora de arte.

Comissariada por Sandra Guimarães, a exposição irá reunir uma selecção de obras representativas, que vão desde o início da carreira até à actualidade, e incluem desenho, pintura, colagem, vídeo, performance e escultura, algumas das quais nunca antes expostas, segundo o ‘site’ do centro de arte valenciano. 'Performar a natureza' reflecte sobre “as temporalidades da natureza, os seus abrigos e as suas qualidades vivas e orgânicas”, reunindo ainda uma obra monumental criada expressamente para aquele espaço da Fundação Per Amor a l'Art. Nesta obra de grandes dimensões, o artista entende o espectador como mais um elemento da instalação, já que “a experiência do visitante integra a própria obra e a transforma”, descreve o texto sobre a exposição que conta com o apoio da Embaixada de Portugal em Madrid e do Instituto Camões.

Carlos Bunga, a viver actualmente em Barcelona (Espanha), nasceu em 1976 no Porto e desenvolve uma obra de intervenções em lugares escolhidos previamente, que modifica através de materiais do quotidiano como papelão, tinta e fita adesiva.

Texto: ALVORADA com comunicado do IPL
Fotografia: Direitos Reservados (arquivo)