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Governo adia construção do IC11 Peniche - Lourinhã - Torres Vedras

A8

A construção do IC (Itinerário Complementar) 11 não figura no Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030) que o Governo vai apresentar no próximo mês à Assembleia da República. O semanário ‘Expresso’, que publica este sábado uma entrevista com o ministro Pedro Marques, revela a lista das grandes obras públicas para a próxima década e está excluído o troço da via-rápida que o Município da Lourinhã sempre reclamou fundamental para o desenvolvimento do concelho para um rápido acesso à A8, quer a norte, quer a sul. O PNI 2030 apenas contempla uma grande obra para a região: a continuação da electrificação da Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e Louriçal (Pombal).

Esta decisão governamental sobre o adiamento do IC11, segundo apurou o ALVORADA, apanhou de surpresa os autarcas da Lourinhã, Peniche e Torres Vedras. É esperado que nos próximos dias sejam feitas declarações públicas sobre esta questão.

Este troço do IC11 na nossa região, ao longo de 26 quilómetros, tem como objectivo fazer a ligação entre o IP6 em Atouguia da Baleia (no concelho de Peniche), e o nó do Ameal da A8 (no concelho de Torres Vedras). É assim uma alternativa às EN 247 e EN 8-2, nos concelhos de Peniche, Lourinhã e Torres Vedras, permitindo a diminuição tempos de percurso e melhorias em termos de acessibilidades. O projecto tinha características e nível de serviço adequados a um perfil de auto-estrada para uma velocidade de projecto de 100 km/h mas não estava prevista a introdução de portagens.

Esta exclusão do IC11 do PNI 2030 frusta os autarcas da OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste, instituição que ao longo dos anos tem vindo a defender a construção desta obra junto dos sucessivos governos e que já tinha expressado várias vezes esse desejo junto do actual Governo. Este objectivo teve um sério revés quando, em 2009, o Estudo de Impacte Ambiental chumbou as três propostas de traçado apresentadas pela empresa pública Estradas de Estradas. As razões da decisão do Ministério do Ambiente, na altura, residiram no facto dos traçados propostos para a via afectar extensas áreas agrícolas em solos valiosos onde se concentram várias explorações hortícolas.

A justificação do lanço do IC11 estar no Plano Rodoviário Nacional deve-se ao facto da rede viária da região não assegurar, adequadamente, condições de conforto e segurança na circulação rodoviária entre as diferentes sedes de concelho. As vocações agrícolas e turísticas da Região Oeste são outras das justificações apresentadas para a necessidade de se melhorar a rede viária local.

Mais informação na próxima edição impressa do ALVORADA
Texto: Paulo Ribeiro/ALVORADA
Fotografia: Direitos Reservados