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Linha do Oeste: CP lança concurso público para comprar 22 comboios para responder a necessidades de serviço urgentes em todo o país

Linha do Oeste

A CP - Comboios de Portugal vai lançar no próximo dia 7 de Janeiro um concurso público internacional para comprar 22 novos comboios, no valor de 168 milhões de euros, segundo um comunicado do Governo. Este concurso contempla a aquisição de material circulante, nos termos do definido na resolução do Conselho de Ministros de dia 10 de Outubro, no qual o Governo autorizava a CP a gastar 168,2 milhões de euros em 22 novos comboios. Este equipamento é considerado essencial para a o conselho de administração da empresa pública para que possa responder às grandes dificuldades que tem tido na operação em diversas linhas do país, entre as quais a Linha do Oeste.

O diploma explica que a maioria do investimento em causa será assegurada por fundos europeus, num total de mais de 109 milhões de euros do FEDER e do Fundo de Coesão, a vigorar no período de programação 2021-2027. O restante valor - 58,8 milhões de euros -, será pago com recurso a verbas nacionais, nomeadamente do Fundo Ambiental, refere o documento governamental. Mas, tendo em conta que a disponibilidade destas verbas nem sempre coincide com as necessidades de pagamento aos fornecedores, o executivo governamental abre a possibilidade de a CP recorrer a uma empréstimo da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças “por adiantamento das verbas a transferir pelo Fundo Ambiental, a reembolsar até 2026 e a ser pago através das referidas transferências anuais provenientes do Fundo Ambiental”, detalha a resolução.

Em causa está a compra de “12 unidades automotoras bimodo e 10 unidades automotoras eléctricas e respectivas peças de parque e ferramentas especiais”, segundo o documento.  Os encargos serão repartidos por oito anos, começando em 2019. O montante mais elevado está previsto para 2025, atingindo os 36,3 milhões de euros. Esta resolução foi aprovada em Conselho de Ministros a 6 de Setembro.

Recorde-se que, em relação à Linha do Oeste, a avaliação final de impacte ambiental das obras de modernização, no troço compreendido entre Mira Sintra-Meleças e Caldas da Rainha, esteve em consulta pública até ao passado dia 12 de Dezembro. A conformidade ambiental da execução deste projecto de melhoria de 87 quilómetros desta linha ferroviária, lançado pela empresa pública IP - Infraestruturas de Portugal, foi promovido pela APA - Agência Portuguesa do Ambiente, ao abrigo da legislação portuguesa e comunitária em vigor. Só depois de aprovado este estudo será permitido ao Governo lançar o concurso público para a realização das obras que estão orçadas em 112 milhões de euros e que constam no plano ‘Ferrovia 2020’. É um passo, desde há muito, considerado fundamental para o desenvolvimento da nossa região pelas diversas forças políticas e sociais oestinas.

A obra terá uma duração total prevista de 18 meses e durante o período de duração dos trabalhos poderá haver necessidade de se proceder à interdição da circulação ferroviária, no entanto, esta será limitada aos períodos de fim-de-semana, para a execução das principais intervenções na via-férrea. No final permitirá aumentar a velocidade máxima de circulação para 140km/h, reduzindo em cerca de 40 minutos os percursos actuais entre Lisboa e Torres Vedras e entre Lisboa e Caldas da Rainha. Assim, no futuro, a ligação ferroviária entre Torres Vedras e Lisboa poder-se-á fazer em 50 minutos, e entre Caldas da Rainha e Lisboa em 90 minutos. “Para além da redução do tempo de percurso, está previsto aumentar significativamente a oferta atual em termos do número de circulações diárias entre Lisboa e Torres Vedras, permitindo no futuro a circulação de 48 composições diárias”, pode ler-se no relatório da IP consultado pelo ALVORADA.

Texto: Jornal ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/Jornal ALVORADA (arquivo)