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Rodoviária do Oeste retoma serviço regular na segunda-feira e Barraqueiro Oeste esta sexta-feira

Rodoviaria do Oeste 3

A Rodoviária do Oeste manteve hoje a supressão de algumas carreiras urbanas e interurbanas, na sequência da greve dos motoristas de matérias perigosas, disse à agência Lusa fonte da empresa. Orlando Ferreira, um dos responsáveis da empresa, explicou que as restrições, decretadas esta quarta-feira, se mantém hoje por ser difícil alterar as escalas e porque não é ainda possível abastecer normalmente nos postos de combustível, prevendo retomar o serviço regular na segunda-feira. “Regozijamo-nos [com o anúncio do fim da greve], mas vamos aguardar pela normalização” no fornecimento de combustível, disse, frisando que o “foco” da empresa está em garantir o normal funcionamento na terça-feira, dia em que se iniciam as aulas do terceiro período escolar.

Para o dia de hoje, as várias direcções de operações da empresa emitiram avisos às populações dando conta da supressão de algumas carreiras, fora das horas de maior procura, havendo situações. A partir de sexta-feira e até domingo, mantém-se o serviço habitual aos feriados e fins-de-semana.

Já a Barraqueiro Transportes, que inclui a Barraqueiro Oeste, anunciou hoje que, com o fim da greve dos motoristas de matérias perigosas, vai a partir desta sexta-feira alterar o plano que previa supressões até 50% nas carreiras locais, urbanas e interurbanas do serviço público. Entre sexta-feira e domingo, “não se vai fazer cortes e vai-se manter a oferta prevista”, disse à agência Lusa Laurinda Martins, em nome da administração da empresa.

A partir de segunda-feira, a Barraqueiro Oeste, Ribatejana Verde, Mafrense e Boa Viagem, empresas pertencentes à Barraqueiro Transportes, “contam retomar a normalidade das carreiras se forem reabastecidas” com combustível. As empresas estão hoje a assegurar o serviço com supressões de carreiras locais urbanas e interurbanas do serviço público, mantendo o primeiro e último horários. As empresas mantêm as carreiras inter-regionais que têm como destino Lisboa, assim como as carreiras que fazem o transbordo para outras ligações rodoviárias ou ferroviárias, para “minimizar os prejuízos aos passageiros”.

A greve dos motoristas de matérias perigosas terminou hoje de manhã, depois de o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas sindicato e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias terem chegado a acordo. Em conferência de imprensa, às 8h00, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, destacou a garantia de “paz social” acordada entre os motoristas de matérias perigosas para o processo negocial, sublinhou uma “normalização gradual” do abastecimento de combustíveis no país e referiu que a primeira reunião negocial decorrerá no dia 29. No acordo assinado, sindicato e associação comprometem-se a concluir até dia 31 de Dezembro um processo de negociação colectiva. Este processo, de acordo com o documento distribuído aos jornalistas hoje em conferência de imprensa, em Lisboa, visa “promover e dignificar a actividade de motorista de materiais perigosos” e será acompanhado pelo Governo.

A negociação colectiva deverá assentar nos seguintes princípios de valorização: individualização da actividade no âmbito da tabela salarial, subsídio de risco, formação especial, seguros de vida específicos e exames médicos específicos.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados