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Finalizado estudo de alargamento do tráfego de embarcações a todo o mar português

barcos de pesca

A Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) finalizou o estudo de alargamento do serviço de tráfego de embarcações (VTS) a todo o mar português, que permitirá estabelecer mecanismos de segurança e de salvamento, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a DGRM explica que foram realizados os trabalhos finais com vista a conclusão do estudo do VTS, esta semana, designadamente às subáreas da Madeira e dos Açores. “A última etapa foi a visita às Ilhas Selvagens para estudo da melhor localização e condições para instalação dos sensores no território emerso mais a sul de Portugal”, lê-se no comunicado.

De acordo com a DGRM, o estudo tem como objectivo preparar a fase de implementação, de forma que Portugal, enquanto Estado Costeiro, “passe a disponibilizar em todo o mar português a obrigação de controlar e monitorizar o tráfego marítimo, com a função também de prestar informações à navegação através da adopção dos serviços VTS em todo o território”.

“Em termos de segurança marítima a adopção de um serviço e sistema VTS, à escala nacional, permitirá estabelecer mecanismos de segurança, nomeadamente de esquemas de separação de tráfego e de áreas a evitar nas Regiões Autónomas, perfeitamente integradas e harmonizadas com as existentes no continente”, adianta.

A DGRM atenta ainda para a importância da “extensão dos sistemas de alerta automático de segurança entre navios e terra, como por exemplo, de aviso prévio de colisão ou de aproximação excessiva a determinada zona”. “Complementarmente, o VTS será também uma ferramenta de apoio ao salvamento marítimo, à monitorização da futura Rede Nacional de Áreas Marinhas Protegidas e à inspecção das pescas”, é acrescentado.

O VTS deverá funcionar como um sistema íntegro. “A implementação do sistema seguirá todas as orientações e requisitos da Organização Marítima Internacional (OMI) e da Associação Internacional de Autoridades para o Assinalamento Marítimo e VTS's (IALA), devendo funcionar como um sistema virtuoso com vários propósitos a coberto dos seus sensores e das capacidades de integração com outras fontes de informação, que permitam fundir e analisar de forma conjunta todos os dados para permitir o melhor resultado para apoio à decisão”, salienta. Deste modo, segundo a DGRM, será possível obter informação captada por sensores locais e por sensores remotos que, no seu conjunto, permitirão monitorizar toda a ZEE - Zona Económica Exclusiva nacional e plataforma estendida.

A entidade destaca ainda os sensores estáticos locais: os equipamentos RADAR (de superfície e meteorológicos), as estações AIS e VMS (sistema de identificação automática), as câmaras de videovigilância, os radiogoniómetros (RDF) e as estações meteorológicas. No campo dos sensores remotos, realça os meios satélite (fotografia e radar por satélite), bem com a criação de interfaces para interoperar com aeronaves e embarcações (tripuladas e não-tripuladas) e sondas e sensores.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)