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Covid-19: Regulador da União Europeia só admite quarta dose da vacina para imunodeprimidos

Covid vacina 25 Lusa 1

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) admitiu hoje a administração da quarta dose da vacina só a imunodeprimidos e pessoas vulneráveis, rejeitando a “vacinação repetida” com doses de reforço contra a Covid-19 num curto prazo.

“Ainda não tivemos acesso a dados relativas a uma quarta dose [das vacinas anticovid-19 aprovadas] e gostaríamos de ver estes dados antes de podermos fazer qualquer recomendação mas, ao mesmo tempo, estamos bastante preocupados com uma estratégia que prevê a vacinação repetida dentro de um curto prazo”, disse o chefe da Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas da EMA, Marco Cavaleri.

Falando na primeira conferência de imprensa do ano da agência europeia, Marco Cavaleri acrescentou “isto é algo que deveria fazer parte de uma estratégia global [...] de vacinação ao longo do tempo, deixando claro que não se pode realmente dar continuamente uma dose de reforço a cada três, quatro meses”. “Claro que quando se trata de pessoas vulneráveis e a imunodeprimidos, a história será um pouco diferente e, de facto, para os imunodeprimidos, será de esperar que uma quarta dose seja considerada”, adiantou o especialista.

Países como Israel estão já a administrar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 a pessoas vulneráveis, desde 31 de Dezembro passado, na expectativa de mitigar os efeitos de uma nova onda de contágios devido à propagação da variante Ómicron. Cerca de um ano após o lançamento de um plano de vacinação maciço através de um acordo com a empresa farmacêutica Pfizer e quase seis meses depois de ter começado a administrar doses de reforço, as autoridades sanitárias israelitas deram ‘luz verde’ para administrar a quarta dose de vacina a pessoas com o sistema imunitário comprometido.

Em meados de Dezembro, em Bruxelas, o Primeiro-Ministro, António Costa, revelou que Portugal já apresentou um pedido de compra conjunta de uma nova vacina Covid-19 adaptada à variante Ómicron, para o caso de ser necessária uma quarta dose.

A posição da EMA surge numa altura de elevado ressurgimento de casos por infecção com o SARS-CoV-2, que ainda assim não se traduz em mais internamentos ou mortes. A contribuir para o elevado número de casos, que batem máximos, está a elevada transmissibilidade da variante de preocupação Ómicron.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Lusa (arquivo)