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25 de Abril/Lourinhã: Chega acusa presidente da Assembleia Municipal de silenciamento, mas Brian Silva rejeita críticas

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Os eleitos do Chega na Assembleia Municipal da Lourinhã contestaram, num comunicado enviado hoje ao ALVORADA, de que as forças da oposição “foram silenciadas” na sessão evocativa do 25 de Abril, realizada esta segunda-feira de manhã defronte dos Paços do Município. Na ocasião apenas usaram da palavra o presidente da Assembleia Municipal, Brian Silva, e o presidente da Câmara Municipal, João Duarte Carvalho. Como estes autarcas foram eleitos nas listas socialistas, o Chega conclui que “as demais forças políticas com assento concelhio autárquico - Chega, CDS, PSD e PCP - foram silenciadas, no dia em que os socialistas invocaram, nos seus discursos, fraternidade, solidariedade e justiça”.

Considera ainda o Chega que “no dia que festejam a liberdade, gozam a deles e esquecem a dos demais - à boa maneira socialista! E este ano com receio daquilo que o partido Chega, através dos seus autarcas, pudesse querer transmitir aos munícipes, é a única ilação que podemos retirar desta vergonhosa forma de tentar silenciar a oposição”. Os dois membros da Assembleia Municipal, Fernanda Marques Lopes e Paulo Sousa, “repudiam esta conduta antidemocrática e atentatória da liberdade de expressão adoptada no Município da Lourinhã, onde se distribuíram cravos pela população mas ofereceram mordaças às demais forças políticas”.

Instado a comentar este comunicado do Chega, o presidente da Assembleia Municipal, órgão autárquico que organizou a sessão evocativa do 25 de Abril, considera que “há um equívoco” porque esta iniciativa “realizou-se pela primeira vez” no nosso concelho e que “não houve silenciamento político”. “Nenhum partido usou da palavra. Foi uma cerimónia simples e curta que teve a intervenção apenas de dois representantes dos dois órgãos autárquicos”, destacou Brian Silva ao ALVORADA. Houve, no entender do autarca, “uma confusão” do Chega, “com a sessão evocativa do feriado municipal, onde há intervenções de representantes de todos os partidos e dos presidentes da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal”.

Assumindo que o formato da sessão evocativa foi uma iniciativa exclusiva da mesa da Assembleia Municipal, Brian Silva justificou que pretendeu que a cerimónia fosse “curta” e que “não colidisse com outros eventos que estavam já agendados no concelho para este dia”. E, na distribuição dos cravos vermelhos à população, “os representantes políticos de todos os partidos puderam também participar neste momento importante para a democracia do país”.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA