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Ucrânia: Suinicultores portugueses vão levar camião com produtos alimentares

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Os suinicultores anunciaram hoje que vão enviar um camião com produtos alimentares para a Ucrânia e disponibilizam-se para receber familiares e ucranianos nas suas explorações, disse à Lusa o presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores.

“O que decidimos, enquanto primeira medida, é a fileira da carne de porco enviar uma camião com produtos alimentares para a Ucrânia. É a primeira resposta que vamos dar a esta situação de crise”, afirmou David Neves, após um plenário com vários empresários para voltarem a debater as dificuldades das suiniculturas.

Apesar de não ter ainda “qualquer solução que possa satisfazer as necessidades deste sector, que trabalha diariamente para alimentar o mundo e o país”, o presidente da FPAS sublinhou que “é importante mostrar a solidariedade para com o povo ucraniano, até porque existem nas explorações muitos trabalhadores oriundos da Ucrânia”. Os suinicultores decidiram ainda “receber familiares e ucranianos que queiram vir para Portugal, dando-lhes alojamento e trabalho e integrando-os nas estruturas” das suas empresas.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Texto: ALVORADA com agência Lusa