Pesquisa   Facebook Jornal Alvorada

Assinatura Digital

DIÁSPORA - COVID-19: testemunho de João Paulo Marques, da Lourinhã, que reside na Alemanha

Joao Paulo Marques II

Como está a viver a Diáspora da Lourinhã este novo tempo, em que o centro das atenções é a pandemia do Covid-19? O ALVORADA iniciou este sábado a partilha de testemunhos de vida dos emigrantes lourinhanenses que se encontram espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Neste tempo difícil que todos atravessamos, com uma pandemia que reduz ao máximo o contacto entre todos, queremos desta forma manter bem vivo o que nos une. Queremos contribuir para que quem esteja longe, fique mais perto de nós, na Lourinhã.

Partilhe e, caso tenha algum familiar e amigo que queira que o contactemos, para aqui deixar o seu testemunho, envie-nos mensagem pelo nosso Facebook ou para o endereço electrónico Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Fique em segurança. Cuide de si e dos outros!

Este quarto testemunho é de João Paulo Marques, da Lourinhã, residente em Bad Liebenzell, na Alemanha.

Covid-19 Pandemia e Incertezas.

Estou há 23 anos na Alemanha, país de acolhimento que escolhi para trabalhar e viver durante a maior parte do ano. Como todos fui também apanhado de surpresa.

Com a chegada do Covid-19, a população local, portugueses incluídos, pareciam tranquilos e levaram algum tempo a compreender que a táctica de combate correcta a esta pandemia é, entre outras, o contacto próximo com outras pessoas e evitar as deslocações desnecessárias.

Durante esta semana as coisas já foram diferentes. Todos os restaurantes, cafés, bares, incluindo os serviços municipais, estão encerrados. Só algumas fábricas, estações de serviços, limpezas, padarias, talhos, supermercados, médicos e farmácias continuam no activo.

Em relação aos supermercados locais, houve um aumento da procura em cerca de 40%. Estes continuam a garantir estar preparados para cobrir as necessidades.

Hoje a nossa comunidade portuguesa está quase toda em casa, excepção para alguns funcionários dos serviços de limpeza e dos estabelecimentos autorizados. Desde esta segunda-feira todos os trabalhadores em actividade, devido ao ‘recolher obrigatório’, têm que possuir da entidade empregadora um ‘passe’ para as suas deslocações.

Os comentários e críticas sobre este tema têm sido variados: uns acham a reacção exagerada, outros demasiados alarmismos, depois há quem pense que não vai poder voltar a casa (Portugal) porque tudo vai acabar em guerra.

A Alemanha tem a história que todos nós bem conhecemos, mas quanto a ‘solidariedade’ não conheço igual e continuo a pensar que, neste momento de incertezas, o principal motor da economia europeia, rapidamente irá dar resposta a esta calamidade mundial.

Votos de boa saúde para todos na esperança de paz e compreensão entre os povos.

Cumprimentos desde Bad Liebenzell!

João Paulo Marques