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DIÁSPORA-COVID-19: testemunho de Nuno Arsénio, da Lourinhã, residente em França

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Como está a viver a Diáspora da Lourinhã este novo tempo, em que o centro das atenções é a pandemia da Covid-19? O ALVORADA iniciou a partilha de testemunhos de vida dos emigrantes lourinhanenses que se encontram espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Neste tempo difícil que todos atravessamos, com uma pandemia que reduz ao máximo o contacto entre todos, queremos desta forma manter bem vivo o que nos une. Queremos contribuir para que quem esteja longe, fique mais perto de nós, na Lourinhã.

Partilhe e, caso tenha algum familiar e amigo que queira que o contactemos, para aqui deixar o seu testemunho, envie-nos mensagem pelo nosso Facebook ou para o endereço electrónico Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Fique em segurança. Cuide de si e dos outros!

Este 23º testemunho é de Nuno Rodrigo Ferreira Arsénio, da Lourinhã e residente em Captieux, em França. Com 21 anos, Nuno Arsénio trabalha na área agrícola e está emigrado há apenas três meses.

Em França já existem mais de 30.000 casos e 1.995 mortos devido ao novo coronavírus mais conhecido por Covid-19. Com tudo isto os tempos mudaram radicalmente pois muita coisa se encontra fechada tal como escola, restaurantes, cafés, lojas, fábricas, etc... Nós, como família, temos muito o hábito de passear para conhecer o mundo, novas culturas e costumes. Subitamente tivemos que mudar os nossos costumes e ficarmos em casa trancados sem poder sair à rua. Não por completo pois podemos sair para fazer compras e ir trabalhar, no meu caso, mas sempre acompanhado de uma autorização disponível no site governamental francês, caso não me faça acompanhar do mesmo posso levar uma coima de 35 a 135 euros. Ou seja, tudo isto limita as nossas deslocações.

A minha esposa e filha, por motivos de segurança, já estão em confinamento há três semanas. No meu caso, como tenho que trabalhar, antes de entrar em casa tenho que me despir todo e desinfectar o meu corpo por completo. Logo de seguida, mesmo desinfectado, tomo um banho antes de cumprimentar a minha família e, claro, roupa directamente dentro de um balde com água e álcool, uma noite de molho para depois sim com luvas e máscara se puder proceder à limpeza.

Este vírus ataca directamente os pulmões e não é nenhuma brincadeira pois os números são enormes e a cada dia que passa mais crescem. Estes tempos estão a ser muito difíceis devido a todas as precauções que se têm que tomar constantemente. Mas tirando isso conseguimos viver com mais harmonia, fazemos coisas que nunca antes fizemos, várias actividades em conjunto como pintar, construir algo, ensinar a mais nova devido à escola estar fechada. De facto nem tudo é mau porque mantemos a família mais próxima e unida.

Por favor proteja-se a si e ao próximo para que todos tenhamos o direito de viver as nossas vidas que tão belas são. #fiqueemcasa #respeiteoproximo #protejaasuafamília #protejaomundo