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Autárquicas-Lourinhã: PS domina, abstenção desce e Chega passa a terceira força política

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A taxa de abstenção no concelho da Lourinhã nestas eleições autárquicas foi menor que há quatro anos, tendo sido de 44,48% (-0,66%), um valor abaixo da média nacional, que foi de 46,32% (+1,33%). Neste acto eleitoral estavam inscritos no concelho lourinhanense 23.260 eleitores (+281) e votaram agora 12.913 pessoas (+296).

O efeito da entrada na corrida eleitoral do Chega confirmou-se com a descida de número de votos de todos os partidos que até então participavam habitualmente nestas eleições. Tomemos como exemplo a eleição para a Câmara Municipal. O PS, que voltou a reeditar uma maioria absoluta, ao conquistar os mesmos quatro lugares no executivo camarário por si presidido, teve 45,18% (-2,40%), uma redução de 164 votos (teve 5.834). Já a coligação PSD/CDS, que há quatro anos concorreram separados, somados os votos de então e fazendo a comparação, regista-se 34,28% (-2,83%), ou seja, menos 252 votantes (tiveram 4.426). O registo da CDU é de 4,41% (-0,31%), menos 26 votos (teve 569) que em 2017.

O Chega torna-se a terceira força política do concelho nesta estreia nas eleições autárquicas, tendo recolhido 10,61% (1.370 votos), tendo ficado, segundo o partido, a 88 votos de eleger um vereador para o executivo camarário, naquele que foi o resultado mais agridoce da noite para o partido.

Destaque ainda para a descida dos votos em branco, para a Câmara Municipal, que foram 413 (-9) e o número de eleitores que tiveram o boletim de foto anulado foi 301 (+15 que há quatro anos).

PS reforça domínio nas presidências de juntas de freguesia 

O PS reforçou o número de presidências de juntas de freguesia, com a conquista histórica ao PSD na Moita dos Ferreiros, mantendo as restantes autarquias onde já governava: UF Lourinhã e Atalaia, UF Miragaia e Marteleira, UF São Bartolomeu dos Galegos e Moledo, Ribamar e Reguengo Grande. O PSD continua à frente em Santa Bárbara e Vimeiro.

No cômputo geral do número de mandatos nas freguesias, o PS alcançou 40 eleitos (menos um que há quatro anos), enquanto que a coligação PSD/CDS alcançou 31 (menos dois, somando os eleitos dos dois partidos). A CDU não tem agora nenhuma representação nas freguesias, tendo perdido os dois eleitos que tinha alcançado em 2017. O Chega estreia-se com cinco eleitos nas freguesias.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA