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Presidente da Câmara de Peniche defende urgência na construção do Hospital do Oeste

Hospital Peniche

O presidente da Câmara Municipal de Peniche considera que a pandemia causada pelo novo coronavírus veio mostrar a importância regional na construção do novo hospital do Oeste. Em comunicado emitido esta tarde, a propósito da reabertura do Serviço de Urgência do Hospital São Pedro Gonçalves Telmo, o edil Henrique Bertino destaca como questão fundamental “a necessidade de decidir rapidamente quanto à construção de um novo hospital na região Oeste, extraindo como ensinamentos todas as insuficiências dos serviços de saúde evidenciadas durante a crise Covid-19”. A segunda questão fundamental é que, finalmente, “após muitos anos de promessas, se concretizarem os compromissos assumidos quanto à execução das obras de melhoramento no hospital (da cidade) e, em particular, na instalação onde funciona o Serviço de Urgência” da unidade hospitalar da cidade piscatória.

Recorde-se que foi neste sábado que reabriu o Serviço de Urgência Básica do Hospital de Peniche, encerrado desde 27 de Março às 23h00, após as autoridades  terem determinado a necessidade dos profissionais de saúde de cumprir o período de quarentena devido a um enfermeiro que foi infectado com o novo coronavírus. Contudo, não são agora atendidos em Peniche os doentes com sintomas do novo coronavírus, que passaram a ser canalizados para o Hospital das Caldas da Rainha. Na comunicação à população, através da rede social Facebook, Henrique Bertino reconhece, que neste momento, é necessário “ultrapassar as dificuldades acrescidas perante um vírus de características agressivas e desconhecidas, com consequências para o normal funcionamento do Serviço de Urgência, já por si desajustados e intensificados pela gravidade da situação, perante os elevados riscos que os profissionais e os utentes enfrentam devido à doença”, para depois se conseguir que o hospital retome rapidamente “a normal actividade”.

A reabertura do Serviço de Urgência do Hospital de Peniche, segundo o CHO - Centro Hospitalar do Oeste, ocorreu às 8h00 de sábado, uma vez que cessou nessa data o período de quarentena dos profissionais de saúde, “não se tendo confirmado o contágio da maior parte dos profissionais”. Recorde-se que temeu-se que o enfermeiro infectado poderia ter contagiado o restante pessoal de saúde com quem esteve de serviço: três médicos, 19 enfermeiros e 10 assistentes administrativos. De acordo com a autarquia, deste grupo registaram-se três casos positivos, sendo que os restantes profissionais, após validação dos testes, deram negativo.

Contudo, as instituições alertam a população que “a Urgência Básica de Peniche não reúne condições para atendimento de doentes com suspeita de infecção Covid-19”. “Não é possível definir circuitos autónomos para casos suspeitos de COVID-19, pela limitação das instalações físicas, não existindo áreas específicas para receber os casos suspeitos, separadas das habituais áreas para receber os restantes doentes com outras patologias”, informa o comunicado emitido. Por este motivo, o Serviço de Urgência Básica do Hospital de Peniche não pode receber doentes com queixas respiratórias (tosse, febre e falta de ar).

O CHO alerta a população para que todas as pessoas que desenvolvam um quadro respiratório agudo de tosse (persistente ou agravamento de tosse habitual), ou febre (temperatura ≥ 38ºC), ou dificuldade respiratória, não devem dirigir-se à Urgência de Peniche, mas devem ligar em primeiro lugar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24). “A Linha SNS24 fará o encaminhamento adequado a cada situação clínica, que poderá implicar o isolamento no domicílio e sob vigilância; a avaliação médica em Áreas Dedicadas Covid-19 nos Cuidados de Saúde Primários (ADC-Comunidade) ou a avaliação médica em Áreas Dedicadas Covid-19 nos Serviços de Urgência dos hospitais (ADC-SU), neste caso em Caldas da Rainha”, sublinha o CHO.

O Conselho de Administração do CHO, presidido por Elsa Baião, reitera que, para ultrapassar este prolema, desenvolveu “todos os esforços para mitigar os danos associados a esta situação e providenciar nesta fase o mais completo apoio necessário à população que serve, contando com a colaboração dos seus profissionais e de toda a comunidade”. A instituição responsável pela gestão dos três hospitais públicos oestinos salienta ainda “a colaboração inestimável” que recebeu “da Câmara Municipal de Peniche, da Comunidade Intermunicipal da nossa área de influência e dos Cuidados Primários do ACES Oeste Norte que, em estreita colaboração com o Centro Hospitalar, criou um horário complementar para atender utentes no período de encerramento da Urgência”. Deixa ainda uma mensagem no “sentido do apelo à responsabilidade de todos os cidadãos no combate ao Covid-19, cumprindo as orientações da Direcção-Geral da Saúde” e lamenta “os transtornos causados pelo encerramento da Urgência, mas estamos certos da compreensão da comunidade perante esta situação de extrema contingência”.

Sobre a reabertura do Serviço de Urgência Básica do Hospital de Peniche, Henrique Bertino expressa o seu agradecimento aos responsáveis pelo restabelecimento do serviço. A primeira nota foi de “confiança e de conforto” aos "profissionais de saúde que voltaram a exercer a profissão que escolheram na defesa da saúde de todos quantos por lá passam” e de “rápidas melhoras aos três profissionais atingidos” pela pandemia que motivou o encerramento temporário deste serviço. O autarca agradece ainda “aos demais profissionais de saúde que tudo fazem para responder às necessidades da população”, quer seja “no Serviço de Urgência ou de medicina do Hospital, no Centro de Saúde ou na ambulância SIV do INEM”.

Texto: ALVORADA. Foto: Direitos Reservados.