Pesquisa   Facebook Jornal Alvorada

Assinatura Digital

Câmara Municipal das Caldas da Rainha quer construir balneário termal para 20 mil aquistas ano

caldasdarainha

A Câmara Municipal das Caldas da Rainha quer criar um novo parque termal, com capacidade para cerca de 20 mil aquistas por ano, a construir em terrenos privados junto à Fábrica Bordalo Pinheiro. O projecto decorre das propostas no Master Plan do Complexo Termal, apresentado hoje no Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha, e que aponta para a necessidade de criação de um novo balneário e de um novo parque termal, numa área de 30 hectares, no centro da cidade.

O plano “dá à autarquia mecanismos para poder decidir aquela que será a visão de futuro do termalismo caldense, afirmou o presidente da Câmara, Vítor Marques, adiantando que a opção passará “pela construção do novo balneário, num terreno da esfera privada, que o proprietário está disponível para negociar com a autarquia”. O novo parque termal “fará a ligação entre o Parque D. Carlos I, a Mata Rainha D. Leonor e a Quinta da Boneca, ocupando uma área de cerca de 30 hectares, na zona histórica da cidade oestina.

No entender de Vítor Marques, “o novo balneário deve ter uma função de equilíbrio entre a vertente de termalismo terapêutico e de bem-estar”, permitindo diversificar a actividade já desenvolvida no Hospital Termal, onde “já são feitos tratamentos e massagens mas não há, por exemplo, uma piscina. O autarca acredita que o novo balneário “poderá começar a ser projectado ainda este ano” e, disse à agência Lusa, que “conta já com uma verba de cinco milhões de euros de financiamento através do sistema de incentivos de base territorial da Comunidade Intermunicipal do Oeste”.

Além do Master Plan do Complexo Termal, que inclui mais duas dezenas de propostas de intervenção no património termal e na sua ligação à cidade, foi também apresentado o estudo para o modelo de governação do complexo termal, que segundo o autarca “deverá passar pela criação de uma empresa municipal”. O estudo previa outras hipóteses, como uma fundação, uma régie cooperativa com a participação do Estado e outras entidades ou a exploração por privados. “A população das Caldas dificilmente aceitaria a entrega deste parque termal a privados”, disse Vítor Marques, justificando a opção pela criação de uma empresa municipal que “desenvolva actividades que tornem rentável o novo balneário”. “A oferta que temos hoje no nosso termalismo é muito aquém, temos uma receita muito inferior àquilo que é a responsabilidade financeira de gestão de todo aquele património termal, portanto temos que ter aqui uma oferta diferenciadora”, que, segundo o presidente, deverá passar pelo termalismo ligado à saúde, ao desporto e ao bem-estar.

Texto: ALVORADA com agência Lusa