Tribunal de Torres Vedras decide apresentações bissemanais a detidos por furto e comercialização de armas
- Oeste
- 19/08/2020 22:30
O Tribunal de Torres Vedras decretou hoje a obrigação de se apresentarem duas vezes por semana aos dois homens detidos esta terça-feira por comercialização de armas e material furtado, informou a GNR.
Os dois detidos foram presentes ao Tribunal de Torres Vedras esta tarde e, após a realização do primeiro interrogatório judicial, foi-lhes aplicada “a medida de coacção de apresentações bissemanais às autoridades e a proibição de se encontrarem”, disse à agência Lusa o comandante da GNR de Torres Vedras, Ferreira da Silva, o oficial em funções neste momento.
Os dois homens, de 51 e 66 anos, foram detidos pelo NIC - Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Torres Vedras por suspeitas de comercialização de armamento e material furtado. Em comunicado, o Comando Territorial de Lisboa da GNR informou que os dois homens foram detidos pela prática dos crimes de posse de arma proibida e recetação de armas e material furtado, no concelho torriense, numa operação em que foram apreendidas 15 armas de fogo.
A operação foi efectuada na sequência de uma investigação por posse de arma proibida, que decorria há cerca de um mês, "despoletada por uma vaga de furtos em todo o território nacional, em que os suspeitos compravam material furtado, incluindo armamento, para depois comercializar o material subtraído como se fosse da sua propriedade", lê-se no comunicado.
Os militares deram cumprimento a nove mandados de busca emitidos pelas autoridades judiciais, três domiciliárias e seis em veículos, que culminaram com a apreensão de 15 armas de fogo, 355 munições de vários calibres, 46 ferramentas de vários tipos, uma arma branca e várias partes de diversas armas.
À Lusa, o responsável pela operação, capitão Paulo Póvoa, adiantou que se trata de “pistolas, revólveres e espingardas caçadeiras” e que, no que toca às ferramentas, são “motosserras, berbequins, geradores, rebarbadoras e sopradores de folhas, entre outros”.
A operação foi desenvolvida pelo NIC de Torres Vedras e contou com o reforço do Grupo de Intervenção e Operações Especiais (GIOE) e do Grupo de Intervenção Cinotécnico (GIC) dos Destacamentos de Intervenção (DI) de Leiria e Santarém e NIC de Mafra e de Vila Franca Xira, envolvendo um total de 50 militares.