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Urgências do Hospital das Caldas da Rainha reforçadas com médicos e capacidade de internamento

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O Hospital das Caldas da Rainha prevê aumentar a capacidade de internamento e reforçar o número de médicos e enfermeiros no Serviço de Urgência, onde a semana passada a sobrelotação de serviço obrigou a reencaminhar doentes para outras unidades hospitalares.

O Plano de Contingência de Saúde Sazonal - Módulo Inverno e Covid-19 (2020-2021) “prevê um aumento da capacidade de internamento, a criação de novos espaços para atendimento de doentes e um reforço de recursos humanos [no Hospital das Caldas da Rainha]”, informou hoje o Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Oeste.

À agência Lusa, a administração do CHO explicou que o plano prevê um aumento de 25 camas de internamento e, numa primeira fase, “um reforço de recursos humanos para colmatar o aumento de episódios de urgência” de oito médicos, 14 enfermeiros e 14 assistentes operacionais. O reforço surge depois de, na última semana, se ter verificado “uma sobrelotação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade de Caldas da Rainha, por motivo de concentração de um elevado número de doentes em observação”, situação que o CA assegura estar “neste momento, controlada”.

A sobrelotação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica, verificada entre os dias 5 e 8, “não colocou em causa o atendimento dos doentes já admitidos no serviço”, mas, segundo o CA, levou a instituição a solicitar ao Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) a transferência de doentes para outras unidades de referência, “de acordo com a sua condição clínica”.

ESta situação levou os deputados do PSD eleitos pelo distrito de Leiria a questionar a ministra da Saúde, Marta Temido, sobre a “sobrelotação e a escassez de recursos humanos” do serviço, onde consideram ter sido “posto em causa o atendimento dos utentes do Serviço Nacional de Saúde que residem na região”.

Na pergunta, os deputados apontam como exemplos “o atendimento da valência de Ortopedia em carácter de Urgência da Unidade de Caldas da Rainha, que teve de passar a ser assegurado pela Unidade de Torres Vedras” ou o Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica, que “tem estado transitoriamente incapacitado de receber doentes urgentes/emergentes, por sobrelotação, o que acarretou inclusivamente a retenção de macas de Bombeiros e obrigou ao redirecionamento e encaminhamento das situações para outras instituições”.

Os deputados social-democratas questionam no documento “que medidas tenciona o Governo adoptar para aumentar a capacidade de atendimento daquele serviço e em que prazos”, bem como qual o reforço de pessoal necessário naquele serviço e para quando está prevista a sua concretização.

No documento apresentado na Assembleia da República, o PSD lembra ainda que as obras de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência Médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha “já deveriam ter terminado há cerca de um ano” e questionam para quando a sua conclusão.

Em resposta à Lusa, o CHO esclareceu que a obra “foi suspensa devido à pandemia, por impossibilidade de disponibilizar o espaço ocupado com o covidário, bem como para proteger os profissionais do empreiteiro do risco de contágio”. De acordo com o CA, o CHO aguarda “indicação da data de retoma da obra, que não poderá ficar suspensa até ao final da pandemia", e está “a desenvolver o procedimento necessário para aquisição de uma unidade modular, que permitirá alargar transitoriamente o espaço disponível”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)