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Contrato para requalificação da Linha do Oeste entre Sintra e Torres assinado sexta-feira

Linha do Oeste 1

O contrato de consignação das obras de requalificação da Linha do Oeste, entre Sintra e Torres Vedras, é assinado na sexta-feira entre o empreiteiro e a Infraestruturas de Portugal (IP). A informação foi avançada à agência Lusa por fonte da empresa pública tutelada pelo Ministério das Infraestruturas.

O contrato de consignação vai ser assinado com o consórcio Gabriel A. S. Couto, S.A./M. Couto Alves, S.A./Aldesa Construcciones, S.A., a quem foi adjudicada a empreitada pela IP, empresa que lançou o concurso público em Julho de 2019. A obra está orçada em 61,7 milhões de euros e vai decorrer durante dois anos. Esta empreitada está prevista no programa Ferrovia2020 para a modernização, reforço da segurança e melhoria da capacidade e competitividade da rede Ferroviária Nacional.

A intervenção prevê a eletrificação integral deste troço ferroviário, numa extensão de 43 quilómetros, a beneficiação de cinco estações e seis apeadeiros e a criação e melhoria dos acessos às plataformas de passageiros para pessoas com mobilidade condicionada. O projecto engloba também a supressão e automatização de passagens de nível, com a construção de nove passagens desniveladas, a instalação de sinalização semafórica, reforçando as condições de segurança e circulação, e a reabilitação estrutural e rebaixamento da plataforma ferroviária para colocação da catenária nos túneis de Sapataria, Boiaca, Cabaço e Certa.

Está ainda programada a construção de uma extensão de via dupla, num total de 16 quilómetros, para permitir o cruzamento de comboios sem necessidade de paragem, entre as estações de Mira Sintra-Meleças e o apeadeiro de Pedra Furada e entre as da Malveira e o quilómetro 44,3 (a sul do Túnel da Sapataria).

Em outubro, a IP lançou concurso no valor de 40 milhões de euros para a requalificação da Linha ferroviária do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, decorrendo durante 10 meses, depois de consignada.

As duas empreitadas, em conjunto, representam um investimento de 155 milhões de euros, financiado por fundos comunitários.

A modernização da linha tem como "principais objectivos melhorar a eficiência e reforçar a competitividade do sistema ferroviário, através do aumento da capacidade e a redução dos tempos de trajecto, adequados aos níveis de procura e fluxo de passageiros", explicou a mesma fonte da IP. A utilização de material circulante de tracção elétrica, a optimização do traçado da via e a instalação da sinalização e telecomunicações ferroviárias vai permitir reduzir o tempo de percurso entre Caldas da Rainha - Lisboa e Torres Vedras - Lisboa em cerca de 30 minutos e aumentar a oferta de 16 para 48 circulações de comboios, nos dois sentidos.

Ansiado há décadas pela população e pelos autarcas dos concelhos atravessados pela linha, o investimento vai também contribuir para a redução dos custos energéticos, emissões de CO2 e níveis de ruído e aumentar a segurança e a fiabilidade da exploração.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)