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Covid-19: Hospitais do Oeste investiram mais de 1,9 milhões na resposta à pandemia

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O CHO - Centro Hospitalar do Oeste investiu, no último ano, mais de 1,9 milhões de euros no reforço de equipamentos para responder à pandemia de covid-19, divulgou hoje a Comissão Cívica de Utentes dos três hospitais públicos oestinos.

Num balanço sobre a actividade anual do CHO, que integra as unidades hospitalares das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, a comissão divulgou os dados fornecidos pelo Conselho de Administração da empresa pública tutelada pelo Ministério da Saúde, destacando um investimento de 1.973.920 euros em equipamentos “de várias tipologias, no sentido do reforço da capacidade de resposta às necessidades impostas pela pandemia”.

No encontro com a comunicação social, realizado nas Caldas da Rainha, o porta-voz da comissão, Vitor Dinis, deu nota de que a verba foi aplicada em ventiladores portáteis, ventiladores para cuidados intensivos, monitores multiparâmetros e monitores multiparâmetros não-invasivos, seringas infusoras, bombas infusoras, entre as quais as destinadas a alimentação entérica e aparelhos de raio X portátil.

O CHO transmitiu ainda à comissão que, dado não dispor de unidades de cuidados intensivos ou intermédios em nenhum dos três hospitais, “afigurou-se necessário e urgente garantir a capacidade de ventilação e estabilização hemodinâmica dos doentes” enquanto aguardavam transferência para Unidades de Cuidados Intensivos de outras unidades hospitalares do país. Nesse sentido, equipou-se, no último ano, com “20 equipamentos de ventilação, dois dos quais doados”, no âmbito de campanhas de solidariedade das autarquias, do tecido empresarial e de particulares que “efectuaram inúmeras doações de equipamentos e bens alimentares, entre outros”.

No balanço enviado à comissão, o CHO recorda que, no que respeita à resposta à pandemia, o Hospital de Peniche foi mantido como unidade livre de Covid-19, tendo sido criadas ao longo de 2020, nas unidades das Caldas da Rainha e de Torres Vedras, enfermarias específicas para internamento de doentes infectados pelo vírus SARS-CoV-2. “A capacidade instalada para internamento de doentes Covid-19 atingiu as 142 camas em janeiro de 2021, representando uma taxa de esforço de 58% da totalidade das camas do CHO”, pode ler-se no balanço apresentado pela comissão. No mesmo mês, refere ainda o documento, registaram-se “mais de 2.000 atendimentos” nas duas ADR (Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios) criadas nos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras.

No que respeita aos constrangimentos não directamente ligados com a pandemia, Vitor Dinis destacou as “dificuldades apontadas pelas corporações de bombeiros das Caldas da Rainha, Bombarral, Lourinhã e Óbidos relativamente ao transporte inter-hospitalar”. As principais queixas das corporações prendem-se com o transporte de doentes para o Serviço de Ortopedia do Hospital de Torres Vedras, dado não haver internamento desta especialidade nas restantes unidades e que resulta “num elevado tempo de espera”.

Com base nas preocupações manifestadas pelas diversas entidades ligadas à saúde a Comissão Cívica de Utentes do CHO propõe-se agora, em 2021, em “lutar para resolver todas estas questões” e exigir ao Governo a “criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos num dos hospitais do Oeste”, concluiu Vitor Dinis.

Texto: ALVORADA com agência Lusa