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Oeste com mais cinco torres de videovigilância e detecção de incêndios num investimento superior meio milhão de euros

Oestecim protocolo 22042021

A Região Oeste vai ficar dotada, em breve, com mais cinco torres de videovigilância e detecção automática de incêndios florestais que vão integrar o Sistema CICLOPE, que cobre actualmente cerca de 1,3 milhões de hectares do território de Portugal continental. A nossa região ficará, no total com 12 torres e as cinco novas torres estão a ser instaladas nos concelhos de Nazaré, Caldas da Rainha, Lourinhã, Torres Vedras e Alenquer. Este projecto resulta de uma candidatura da OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste ao POSEUR - Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e corresponde a um investimento total de 565.800 euros.

Estes novos equipamentos integram o Projecto Sistemas Integrados de Videovigilância para a prevenção de incêndios florestais e resulta de um acordo de parceria e comodato firmado esta quinta-feira nas Caldas da Rainha pela OesteCIM, a Guarda Nacional Republicana e a ANPC - Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil. A cerimónia, que não foi aberta à comunicação social, contou com a presença do presidente do conselho intermunicipal da OesteCIM, Pedro Folgado, dos restantes autarcas oestinos, e, ainda, da secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, do comandante geral da GNR, tenente-general Rui Manuel Carlos Clero, e do presidente da ANPC, brigadeiro general José Manuel Duarte da Costa.

Segundo uma nota informativa da OesteCIM, ao integrarem o Sistema CICLOPE, as imagens das respectivas torres de videovigilância podem ser vistas e as câmaras operadas a partir dos Centros de Controlo e Gestão dos Comandos Distritais da GNR de Leiria e de Lisboa, bem como a partir dos Comandos Distritais de Operações de Socorro de Leiria e Lisboa. O grande objectivo deste sistema é “localizar e avaliar a progressão dos incêndios florestais em tempo útil e, deste modo, avaliar a necessidade de meios no terreno, na perspectiva de uma melhor coordenação e rentabilização de meios humanos, materiais, viaturas e equipamentos na primeira intervenção e no combate aos incêndios florestais”. Também os Serviços Municipais de Proteção Civil podem ter acesso às respectivas imagens, apenas para visualização, uma vez que a coordenação é ao nível supramunicipal.

O CICLOPE é um sistema de televigilância desenvolvido por uma equipa de investigadores pelo INOV - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Inovação, experiente no projecto de sistemas de monitorização e controlo remoto. Segundo a empresa, pelas características dos equipamentos que utiliza, "o CICLOPE permite monitorizar remotamente grandes áreas a um custo por hectare bastante reduzido”. A utilização simultânea ou individual de câmaras de vídeo da gama do visível e dos infra-vermelhos, permite efectuar observações diurnas e nocturnas com praticamente todas as condições de tempo.

O sistema CICLOPE foi concebido para poder funcionar em qualquer local, dispondo de sistemas de fornecimento de energia e comunicações completamente autónomos. As câmaras e todo o equipamento associado, nomeadamente os sistemas de posicionamento e controlo, são instaladas em torres denominadas TVAD (Torres de Vigilância e Aquisição de Dados). Uma instalação CICLOPE é formada por várias TVAD e por um Centro de Gestão e Controlo (CGC). É a partir do CGC que todas as TVAD são controladas e à qual chegam todas as imagens captadas pelas câmaras. O CGC dispõe de uma aplicação de controlo, “com algumas funcionalidades inovadoras, patenteadas pelo INOV, inovações essas que permitem uma utilização prática e intuitiva do sistema”.

Texto: ALVORADA
Fotografia: OesteCIM