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Escola de Hotelaria e Turismo com projeto-piloto para avaliar necessidades de formação no Oeste

ehto

A Escola de Hotelaria do Oeste vai fazer um levantamento das necessidades de formação para os próximos três anos, nos concelhos piloto de Caldas da Rainha, Óbidos e Torres Vedras, no âmbito Plano de Acção Reactivar o Turismo.

O objectivo é “fazer um diagnóstico de situação e a definição de um plano de acção ao nível da formação, com base na identificação as áreas que em que as empresas revelam mais necessidade de formação nestes concelhos piloto”, disse à Lusa o director da Escola de Hotelaria do Oeste (EHTO), Daniel Pinto, que está sediada nas Caldas da Rainha.

O levantamento corresponderá “à primeira fase do Plano de Acção Reactivar Turismo”, no âmbito do qual “o Governo vai anunciar as verbas disponíveis para que as escolas do Turismo de Portugal avancem com planos de formação gratuita a realizar durante três anos para reactivar o sector, que foi muito penalizado com a pandemia [de Covid-19]”, explicou. O responsável pela escola, que hoje assinala 15 anos de actividade, anunciou a intenção de “alargar a oferta formativa e aumentar o número de vagas” nos dois polos em funcionamento nos concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos, onde em 2006 arrancou o primeiro curso, com 12 alunos.

Depois de, em 15 anos, ter formado cerca de 1.050 profissionais a EHTO arranca no próximo dia 23 com o primeiro curso nacional de ‘Turismo Literário’, uma oferta formativa que “gerou interesse de diversas empresas de todo o país e que conta com 30 inscritos para a formação que vai ser ministrada digitalmente”, disse Daniel Pinto. O foco na “especialização e na inovação” tem sido uma das marcas da escola que, entre as escolas do Turismo de Portugal, se destaca por ministrar o único curso nacional de Padaria, um curso de Escanção, Enologia e Serviço de Vinhos e o curso de Turismo, Saúde e Bem-estar, lançado o ano passado.

“É preciso continuar a diversificação da oferta formativa”, defendeu Daniel Pinto, lembrando que, em consequência da pandemia, o sector do turismo “perdeu cerca de 25% de trabalhadores, contando hoje com menos 100 mil pessoas a trabalhar”. Para que o sector seja competitivo “são precisos profissionais certificados”, mas, sublinhou, “é também preciso que as empresas repensem a forma como tem vindo a fazer a gestão dos recursos humanos e passem a valorizar estes profissionais que trabalham muitas horas, que trabalham à noite e aos fins-de-semana e que precisam de melhores vencimentos e condições de trabalho”.

Actualmente com 250 alunos a frequentar sete cursos, a EHTO assinala os 15 anos de actividade com a iniciativa “15 anos, 15 histórias de sucesso”, projecto que ao longo dos próximos meses leva à escola antigos alunos para partilharem os seus percursos profissionais. A primeira foi Leonor Gaião, aluna que conquistou a primeira medalha de ouro atribuída a um aluno da EHTO, na competição de Pastelaria dos 34.° Concursos Europeus da AEHT - Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo, recentemente realizados em Tallinn (Estónia) com a sobremesa ‘Mixed Feelings’. No palmarés da escola contam-se outras distinções nacionais e internacionais mas, sublinhou Daniel Pinto, “nem só de medalhas se fazem estas 15 histórias de sucesso, protagonizadas por pessoas que aqui encontraram caminhos de realização profissional e que são exemplos encorajadores para os alunos”.

A escola que contava, antes da pandemia, com um índice de empregabilidade de “94%”, espera, “com o aliviar da pandemia, recuperar esses valores”, ao mesmo tempo que prepara novos projectos, como a mudança do pólo de Óbidos para novas instalações.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)