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António Costa inaugura Museu Nacional da Resistência e da Liberdade na Fortaleza de Peniche no dia 25 de Abril

Obras Fortaleza de Peniche

A inauguração do novo Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, na Fortaleza de Peniche, vai ocorrer no dia 25, dois dias antes da data inicialmente prevista. O acto, marcado para as 18h00, será presidido pelo Primeiro-Ministro António Costa que estará acompanhado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, e do presidente da Câmara Municipal, Henrique Bertino, entre outras individualidades. O programa oficial prevê a inauguração solene, na entrada interior da fortaleza, de um grande memorial onde estão inscritos os nomes de mais de 2.500 presos políticos que, entre 1934 e 1974, estiveram aqui encarcerados. Segue-se uma visita à Exposição ‘Por Teu Livre Pensamento’, organizada pela Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade. Entretanto, mantém-se o programa para dia 27, que assinala o 45º aniversário da libertação dos presos políticos encarcerados na antiga prisão política do Estado Novo, a partir das 16h00, com entrada livre.

Esta inauguração assinala simbolicamente a criação do novo museu pelo Governo, numa altura em que ainda decorrem obras de recuperação nos pavilhões da antiga cadeia. Isto depois de um período de vários meses de obras de recuperação e valorização da envolvente exterior e das estruturas do edificado da fortaleza e nas muralhas da frente marítima. A Direcção-Geral do Património Cultural adjudicou no ano passado duas empreitadas de recuperação e valorização da Fortaleza de Peniche para a instalação do novo museu nacional que ascenderam a 965 mil euros.

Recorde-se que o Ministério da Cultura criou criado o Comité Executivo do Museu de Peniche que tem por missão acompanhar a última fase da obra de criação do Museu Nacional da Resistência e Liberdade. Este comité irá acompanhar as questões relacionadas com a operacionalização dos conteúdos elaborados pelo CICAM, a sua museografia e a sua articulação com o projecto de arquitectura do museu. Integram este comité, entre outras personalidades, Domingos Abrantes (ex-preso político), Fernando Rosas (historiador e ex-preso político) e Pacheco Pereira (historiador).

Está prevista a inauguração de uma exposição em quatro núcleos: na antiga cantina da GNR, com uma antevisão sintética dos tópicos do futuro museu; o antigo parlatório, aludindo ao regime de visitas, às relações familiares dos presos e à solidariedade política e social que lhes era prestada; a antiga capela, onde se fará uma síntese da longa história da fortaleza; e do ‘redondo’, o antigo segredo, onde se narrarão as principais fugas de presos políticos.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Direitos Reservados