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PSD: Distritais do Oeste e de Leiria levam Hospital do Oeste ao congresso nacional no Porto

Hospital Caldas da Rainha II

O PSD/Oeste vai levar uma moção ao congresso nacional sobre a urgência de medidas que valorizem a carreira dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde e da construção de um novo hospital para a região.

Na moção estratégica, apresentada em conferência de imprensa, a distrital Oeste do PSD propõe “a adopção de medidas que vão ao encontro da valorização e motivação dos diversos profissionais de saúde” para resolver o problema da falta de médicos. As medidas deverão passar pela revisão de “aspectos relacionados com a progressão das carreiras e carreira salarial” dos profissionais de saúde, não só para que os que já integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não abandonem o sector público e passem para o privado, como também para que haja mais médicos colocados nos futuros concursos.

Além da falta de médicos nos centros de saúde da região, os utentes “não conseguem marcação de consulta”, levando o Governo PS a “poupar milhares de euros em exames complementares de diagnóstico e comparticipação de medicamentos” e, quando os conseguem, “se deparam com longas listas de espera” para os efectuar no sector público. Ainda segundo o documento, por falta de resposta nos centros de saúde, “em caso de necessidade e desespero”, “entopem” as urgências hospitalares com “falsas urgências”, “saturando” os hospitais. “É um problema que o PS não só não consegue resolver, como também não se mostra aberto ao diálogo”, não podendo nesta legislatura “justificar a sua inércia com os partidos à esquerda, nem com o PSD, que apresenta soluções e tem mostrado abertura para estabelecer ‘pactos de regime’ na área da saúde”, refere a moção.

Para os sociais-democratas, é também “urgente iniciar a construção do novo hospital do Oeste, em local central à região e de acesso directo à autoestrada A8”. O Centro Hospitais do Oeste, do qual fazem parte as unidades de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tem “falta de condições” nas actuais instalações, “dificuldade na gestão das três unidades” e “duas urgências que implicam a transferência inter-hospitalar de doentes”, é dito na moção.

O PSD/Oeste critica o Governo por não ter inscrito verbas para iniciar os estudos e os projectos de construção da infraestrutura, “empurrando o problema com a barriga” e pedindo aos municípios o estudo para a localização e dimensionamento da nova unidade. A moção tem como primeiro subscritor o líder da estrutura regional social-democrata, o deputado sobralense Duarte Pacheco.

O congresso do PSD, que consagrará Luís Montenegro como novo presidente do maior partido da oposição, realiza-se entre sexta-feira e domingo, no Porto. O PSD/Oeste integra as concelhias de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

PSD/Leiria pede também novo hospital no Oeste e defende alta velocidade na ferrovia

A distrital de Leiria do PSD leva ao Congresso nacional do partido uma moção que pede a construção de um novo hospital e de um centro de tratamento oncológico na região, defendendo ainda que a primeira fase da alta velocidade termine em Leiria.

A moção, intitulada ‘Leiria exige mais!’ e que tem como primeiro subscritor o presidente da Comissão Política Distrital, o deputado caldense Hugo Oliveira, começa por assinalar ser inquestionável a importância do Serviço Nacional de Saúde, para depois salientar que “apresenta cada vez mais problemas de organização, de planeamento, mostra-se pouco eficiente, não responde adequadamente às principais causas de morte prematura, nem às doenças de elevada magnitude que o país enfrenta”. Por outro lado, “não actua em proximidade de cuidados, não se articula com o sector privado, não previne adequadamente a doença, não envolve os cidadãos no processo de decisão em saúde, tem sérios problemas no acesso a vários tipos de serviços e não garante a qualidade dos cuidados de saúde que os portugueses necessitam”.

Nesta área, o PSD/Leiria apresenta 17 propostas, incluindo a construção de um centro de tratamento oncológico na região e o novo hospital do Oeste, a revisão dos valores pagos a empresas e corporações de bombeiros que fazem transporte de doentes ou a contratação de “todos os profissionais de saúde necessários para preencher as vagas em aberto nos centros hospitalares do distrito e, também, na rede de cuidados de saúde primários”.

Quanto à mobilidade e concretamente à ferrovia, o PSD sustenta que este é “um comboio cada vez mais difícil de apanhar”. “(…) Assistimos ainda a uma promessa socialista de construção de uma nova linha de alta velocidade para serviço de passageiros entre Lisboa e Porto que, alegadamente, será projectada em duas fases, sendo que a primeira fase chegará a Soure”, explica o PSD de Leiria, propondo, na “preparação do projecto da construção” desta linha, que “tenha como local de término da primeira fase em Leiria”.

Já no âmbito da natalidade, os sociais-democratas do distrito consideram que urge “apoiar e incentivar a natalidade, valorizando os salários, implementando medidas que contribuam para a conciliação entre a vida profissional e familiar” ou aumentando a oferta de creches e educação pré-escolar de acesso universal e gratuito.

A moção refere-se, igualmente, à carga fiscal das empresas e trabalhadores, com o PSD/Leiria a defender que está “na hora de criar um regime fiscal que promova a fixação de população no território”, preconizando “a criação de um regime fiscal que permita beneficiar os trabalhadores que se desloquem dos grandes centros para os concelhos do interior, nomeadamente em sede de IMT [Imposto Municipal sobre as Transações Onerosas de Imóveis], IS [Imposto de Selo] e IRS [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares]”.

A moção aborda ainda as temáticas da habitação, segurança social, floresta, emprego, universidade politécnica de Leiria, rodovia e a abertura ao tráfego civil da Base Aérea n.º 5, em Monte Real.

“Assim, o que a Assembleia Distrital apresenta ao congresso nacional do PSD é um pedido de apoio e de reconhecimento de um território que, embora seja peça basilar da economia portuguesa, padece de uma falta de investimento público ‘gritante’ fruto de um desprezo e falta de consideração de um governo socialista que tudo promete e nada executa”, acrescenta a moção, de 30 páginas.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)