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PSD/Oeste considera que movimentações de Caldas e Óbidos agravam processo de escolha do novo Hospital

PSD Oeste

O PSD/Área Oeste considera que as movimentações em curso nas Caldas da Rainha e em Óbidos na defesa da construção do hospital para a região na zona de fronteiras destes dois concelhos, colocam em causa o processo de análise que está a decorrer na esfera do Ministério da Saúde, que anunciou a localização final do equipamento público até final de Março.

Em comunicado, a comissão política distrital social-democrata, que abrange os concelhos oestinos do norte do distrito de Lisboa, afirma que “se o caminho a seguir for o de reivindicar para a porta de cada um dos municípios o futuro Hospital do Oeste, então não iremos a lado nenhum e desta vez não vale a pena responsabilizar o Governo Central”. Para o PSD/Oeste, numa alusão directa à acção promovida pelo município social-democrata de Óbidos e independente de Caldas da Rainha e que conta com o apoio da estrutura local laranja e do presidente da distrital do partido - o deputado caldense Hugo Oliveira - “colocar em causa o processo neste momento, em que o ministro da Saúde e o Governo se preparam para anunciar uma decisão, não contribui em nada para a resolução do problema da saúde no Oeste, pelo contrário, é uma séria contribuição para o seu agravamento”.

Para o PSD/Oeste, liderado pelo deputado e vereador social-democrata torriense Duarte Pacheco, o estudo contratado pela OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste à Universidade Nova de Lisboa para a localização e capacitação do futuro hospital regional é credível, ao contrário das críticas ao mesmo que foram reforçadas na última segunda-feira pelos presidentes das Câmaras de Caldas da Rainha, Óbidos e, ainda, de Rio Maior, que se juntou à contestação. “Sabendo que caberá ao Governo a decisão da localização e dimensionamento do futuro Hospital do Oeste, julgamos que aos municípios caberá o papel de contribuir para que o processo decorra com celeridade, de forma justa para todos, e que promova a coesão territorial”. Aliás, para esta estrutura política oestina, “finalmente, quando parecia que os autarcas da região tinham concordado com um procedimento, através da realização de um estudo por uma entidade externa, capacitada, para analisar a dimensão de um futuro Centro Hospitalar, surgem agora novas posições sobre o assunto na região”. O estudo aponta um terreno junto à vila do Bombarral como a melhor localização para o novo Hospital do Oeste.

Recorda ainda o PSD/Oeste que “face às restrições financeiras do nosso país, sucessivos governos de diferentes maiorias aproveitaram as divisões na região para adiar ‘sine die’ uma decisão”, uma vez que “uma das razões para a actual situação nos cuidados hospitalares do Oeste decorre ainda da sistemática divisão dos autarcas da região sobre a localização do novo Centro Hospitalar”. Conclui a comissão política distrital laranja oestina que “a inércia dos sucessivos governos muito contribuiu para que a resposta hospitalar no Oeste se tenha vindo a degradar e a tornar mais obsoleta do ponto de vista da eficiência dos recursos, chegando ao ponto de separar valências hospitalares essenciais por mais de 50 quilómetros de distância, com as evidentes consequências negativas para todos, utentes e profissionais dos serviços de saúde”. “Os cuidados de saúde no Oeste têm vindo a degradar-se de ano para ano com graves prejuízos para as condições de saúde e qualidade de vida de todos os oestinos, constituindo neste momento um dos piores indicadores para a região”, conclui o comunicado.

Texto: ALVORADA