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Sindicato dos trabalhadores do comércio e serviços da região Oeste protestam por aumentos salariais

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Os trabalhadores do comércio e serviços de Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval e Sobral de Monte Agraço vão denunciar na cidade torriense, esta quarta-feira, os aumentos salariais propostos, que dizem ser insuficientes face ao aumento do custo de vida.

Numa acção simbólica promovida pelo Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), em dia da cerimónia do Enterro do Entrudo na cidade do Carnaval, os trabalhadores “vão enterrar a proposta de aumentos” das empresas associadas à Associação Comercial, Industrial e Serviços da Região Oeste (ACIRO). “Esta acção é para demonstrar que os valores são muito insuficientes para o que os trabalhadores necessitam”, afirmou Sandra Valverde, dirigente do CESP, à agência Lusa.

Segundo a dirigente sindical, a proposta da entidade representativa do patronato varia entre um e 10 euros de aumento por mês, consoante os escalões, e implica “aumentos entre os cinco e os dez euros para a maior parte dos trabalhadores”. A proposta “não valoriza as categorias profissionais mais elevadas”, acrescentou. O sindicato propôs um aumento de 100 euros/mês para todos os trabalhadores, mas a proposta foi recusada pela ACIRO, embora associação e sindicato ainda continuem a negociar.

O presidente da ACIRO, João Esteveira, explicou que a última proposta da associação, à qual o sindicato “não respondeu”, foi de aumentos entre os 5,1% e os 7,8%, o que implica aumentos acima dos 10 euros, desmentindo assim o CESP. Sobre a proposta apresentada pelo sindicato, a ACIRO sustentou que é impraticável, por resultar em aumentos de 25% e 30% junto de um tecido empresarial em que “a maioria das empresas fatura menos de 50 mil euros por ano e não tem hipótese de pagar mais do que o salário mínimo”.

O CESP representa 3.805 trabalhadores de 909 empresas associadas da ACIRO, distribuídas pelos concelhos de Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval e Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa.

Texto: ALVORADA com agência Lusa