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CHO projecta Unidade de Cuidados Intensivos e lança concurso para voltar a preparar quimioterapia

Hospital de Torres Vedras 2

O CHO - Centro Hospitalar do Oeste começou a elaborar o projecto para criar uma Unidade de Cuidados Intensivos, um investimento de um milhão de euros que vai permitir tratar doentes críticos. Segundo revelou à agência Lusa, a presidente do conselho de administração, Elsa Baião, “o projecto já está iniciado e está orçamentado em um milhão de euros: 500 mil euros para obras e outros 500 mil para equipamentos”. “Há determinado tipo de cirurgias que não se fazem aqui, não porque os médicos não as consigam fazer, mas como não têm a rectaguarda de uma Unidade de Cuidados Intensivos não as podem fazer”, justificou.

A Unidade de Cuidados Intensivos vai permitir “reter os doentes críticos, que actualmente são transferidos para [os hospitais centrais em] Lisboa”. “É um projecto estruturante para o centro hospitalar, porque permite criar diferenciação e reter profissionais”, como os anestesistas, sublinhou. A administradora disse que a Unidade de Cuidados Intensivos vai existir apenas num dos três hospitais, estando por definir o local.

Já no serviço de urgência do Hospital das Caldas da Rainha, cujas obras de remodelação estão em curso, o CHO pretende avançar este ano com a criação de uma Unidade de Cuidados Intermédios.

Hospitais do Oeste lançam concurso para voltarem a preparar quimioterapia

Entretanto, o CHO deverá lançar um concurso durante este primeiro trimestre do ano, para voltar a preparar os tratamentos de quimioterapia nos seus hospitais. “Em termos de farmácia, a grande prioridade é resolver o problema dos 'citotóxicos', pelos problemas diários que nos causa esta solução”, afirmou Elsa Baião.

O CHO pretende lançar concurso, de cerca de 200 mil euros, para adquirir uma “câmara que permite preparar os medicamentos necessários para a quimioterapia”, disse Elsa Baião, que adiantou que já foi solicitada aprovação à Autoridade Nacional do Medicamento - Infarmed e “espera durante este primeiro trimestre lançar o concurso”.

A preparação dos tratamentos de quimioterapia está suspensa pelo Infarmed desde Abril de 2016 no Hospital das Caldas da Rainha, e desde Maio de 2017 no Hospital de Torres Vedras, na sequência de inspeções realizadas por aquele organismo tutelado pelo Ministério da Saúde. Desde essa altura que, todos os dias, o CHO desloca uma equipa para ir preparar a medicação ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa. “É um grande transtorno, tanto para os profissionais, como para os doentes, porque a administração dos medicamentos é atrasada e só chega ao CHO por volta das 11h00, para além dos custos que implica”, explicou Elsa Baião. Por ano, são ministradas mil sessões de quimioterapia na unidade de Torres Vedras e igual número em Caldas da Rainha.

O novo equipamento ficará na farmácia de Torres Vedras, onde há “mais necessidades em termos de população”. Apesar de haver centralização de alguns serviços, como no caso da preparação dos 'citotóxicos', a administradora do CHO esclareceu que vai continuar a existir farmácia em Torres Vedras e outra nas Caldas da Rainha. “Com 176 camas de internamento em Torres Vedras e 123 nas Caldas é impensável não ter lá alguns serviços da farmácia a funcionar e centralizar tudo num único polo”, justificou.

O CHO tem um projecto, orçado em 1,7 milhões de euros, para retirar a farmácia do Hospital das Caldas da Rainha de contentores, onde está instalada há 20 anos. Em 2017, o Ministério da Saúde chegou a autorizar o investimento, mas o CHO está a “rever o projecto antigo, porque dificilmente consegue levá-lo para a frente com um valor tão elevado”, disse Elsa Baião. A farmácia vai ficar localizada fora do Hospital de Caldas da Rainha, mas a sua localização “ainda não está definida”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados (arquivo)