Homenagem ao Cidadão Manuel P. Marques de Matos
- Opinião
- 19/10/2018 15:55
Nasceu há 130 anos na Lourinhã - em 21 de Outubro de 1888 - e é recordado por todos os que o conheceram e sobretudo pela família, como um homem que “fez o bem sem olhar a quem”. E numa época em que este lema tem cada dia mais sentido, é impossível não recordar a sua vida, não invocar a sua lealdade e obra social. A memória é o que nos mantém vivos e, quem conheceu de perto Manuel P. Marques de Matos, reconhece que tinha um espírito compreensivo e de retidão assim como o seu grande amor pela Lourinhã, terra natal onde iniciou os seus estudos e viria a concluir os mesmos, em 1904, na Escola Industrial Marquês de Pombal em Lisboa. Em 1907 com apenas 19 anos foi 2º Sargento Amanuense do Regimento de Infantaria n.º1 Belém/Lisboa.
Lembrar Manuel P. Marques de Matos, é também apontar mais bom exemplo de vida pública e autárquica que lhe trouxe destaque e obra, dando muito de si à sociedade da altura. Assim, pelos vários anos da sua vida exerceu as mais diversas funções desde Proposto da Fazenda Pública na Lourinhã (1908), Escrivão do Juiz de Paz na Lourinhã (1914), Amanuense da Administração da Câmara da Lourinhã (1920), Secretário da Santa Casa da Misericórdia da Lourinhã (1924), Chefe da Secção Administrativa e Policial da Lourinhã (1930), Chefe de Finanças da Fazenda Pública em várias regiões, a começar pela sua terra natal, passando depois por Porto Moniz (1936), Castanheira de Pêra (1937), Óbidos (1942), Miranda do Corvo (1943), Alpiarça (1948) e finalmente Alter do Chão (1953) onde viria a reformar-se com 45 Anos de serviços públicos. Como personalidade pública foi homenageado diversas vezes com o louvor e reconhecimento pela sua obra social.
Felizmente um homem não é só feito de trabalho, de vida pública, de funções sociais. Um homem é também os seus hobbies, os seus gostos pessoais e mesmo os seus amores. E neste campo, é inegável e reconhecido o seu grande sportinguismo. Manuel P. Marques de Matos foi sócio efetivo e, pela sua antiguidade, representava o SCP nas regiões por onde passou com funções administrativas.
Há homens maiores do que a sua história e Manuel P. Marques de Matos deixou uma memória perpétua de onde se destaca a eterna da paixão pela terra que o viu nascer e onde viria a ser sepultado no jazigo de família.