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Desabafos: o positivo da pandemia

Depois de tanto confinamento, de tanto distanciamento social (eu diria, corporal, porque socialmente já estávamos afastados há muito tempo), pergunto se terá valido a pena. Perdeu-se algum medo (o que é bom) mas não se deve perder o resto.

O que está a ser positivo nesta pandemia? Porque há coisas positivas, se não vejamos:

1 - A relação entre as pessoas: descobrimos que podemos viver confinado nas nossas casas, isolados, mas que precisamos dos outros. Todos temos a nossa importância independentemente daquilo que fazemos. Somos dependentes uns dos outros.

2 - A higiene: eventualmente a higiene melhorou. A pessoal e a colectiva. Lavamos mais as mãos. Higienizámos mais os espaços. É bom. E seria muito bom aproveitar a onda e pedir às pessoas para deixar de cuspir para o chão e deitar o lixo no contentor certo.

3 - O trabalho: o tele-trabalho será a nova realidade. Com ele poderão vagar alguns pisos, ou mesmo edifícios, nas zonas nobres das cidades que poderão dar lugar a habitações. As cidades necessitam de gente a viver nelas.

4 - O exercício: há mais gente a fazer exercício. A venda de bicicletas aumentou imenso. Ganhou quem apostou nas ciclovias.

5 - A diminuição dos acidentes de (a)viação: pudera, o trânsito diminuiu e os aeroportos estiveram encerrados. Até a gasolina baixou de preço.

6 - A diminuição de assaltos a moradias: não me admirava que o SUL (Sindicato Unido de Ladrões) viesse solicitar um subsídio por quebras, uma vez que as habitações, estando sempre com gente, se tornaram impossíveis de assaltar.

7 - O respeito pelos professores: depois deste tempo todo de confinamento, em casa, com os seus filhinhos, nenhum pai responsável irá criticar um professor. Finalmente compreenderam que não é pêra doce aturá-los um dia inteiro sem perder a cabeça.

8 - A poluição: é um facto. A poluição diminuiu em todo o planeta.

Mas, se tudo isto está a ser (mais ou menos) positivo nesta pandemia, não embandeirem em arco porque tudo irá voltar ao normal, isto é, ao antigamente. A prova disso é que a gasolina está a aumentar de preço.

João Henrique Farinha