Mais de metade dos portugueses não sabe qual é o valor normal de Índice de Massa Corporal
- Sociedade
- 23/05/2024 11:15
A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) está a divulgar os resultados do estudo 'Os portugueses e os factores de risco', apresentados no âmbito das comemorações do 'Mês do Coração', que se assinala durante este mês.
O estudo, elaborado pela GfK Metris, em Março, contou com a participação de 934 pessoas, de idade igual ou superior a 18 anos, residentes em Portugal Continental, e teve como objectivo "analisar e compreender o nível de conhecimento dos portugueses sobre a saúde cardiovascular e os factores de risco associados", revelou a FPC num comunicado enviado ao ALVORADA.
De acordo com o estudo, no que diz respeito ao conhecimento dos portugueses sobre 'Colesterol', conclui-se que 64% dos portugueses consideram um valor normal de colesterol como inferior a 190 mg/dL, sendo que 65% dos indivíduos têm consciência de que não existe apenas o Colesterol Total.
Já no que diz respeito ao conhecimento dos portugueses sobre 'Tensão Arterial', os resultados mostram que 75% dos entrevistados acreditam que um valor normal de tensão arterial é inferior a 140/90 mmHg; e que 80% reconhecem a importância de uma atenção redobrada à saúde cardiovascular, quando há histórico de familiares que sofrem de hipertensão.
Relativamente aos temas 'Actividade Física' e 'Obesidade', concluiu-se que a maioria dos portugueses (73%) discorda da ideia de que apenas exercícios em ginásios contam como actividade física válida para a saúde cardiovascular; 52% não sabem quando é considerado o valor Normal de Índice de Massa Corporal (IMC); e 68% consideram falsa a afirmação de que a gordura nas coxas e ancas é mais prejudicial do que a gordura abdominal.
Sobre 'Tabagismo', os resultados do estudo indicam que 68% dos portugueses reconhecem que os cigarros electrónicos não são uma alternativa saudável aos cigarros convencionais e que não são uma boa ajuda para quem pretende deixar de fumar.
Segundo a FPC, estes resultados "destacam tanto os pontos de conhecimento positivos quanto as lacunas que ainda existem no entendimento dos portugueses sobre saúde cardiovascular".
Deste modo, "reitera o seu compromisso em fornecer informações precisas e desenvolver estratégias eficazes de educação e prevenção, visando reduzir o impacto das doenças cardiovasculares na sociedade".