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Governo avança com simplificação da PAC e estende candidaturas ao Pedido Único

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O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, assinou a portaria que vai simplificar a Política Agrícola Comum (PAC) e decidiu estender as candidaturas ao Pedido Único até 14 de Junho, foi anunciado.

A simplificação vai flexibilizar o cumprimento das medidas da condicionalidade - boas condições agrícolas e ambientais - nomeadamente na cobertura mínima dos solos, na rotação das culturas através da diversificação e no fim de obrigação de deixar uma parte da área agrícola a superfícies não produtivas, como as terras em pousio”, detalhou, em comunicado, o executivo.

O diploma em causa, assinado pelo ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, promove ainda a simplificação para explorações com até 10 hectares de superfície agrícola declarada.

Estas explorações ficam isentas de controlo e de sanções administrativas a título da condicionalidade.

Por outro lado, segundo o mesmo documento, as explorações que estão situadas em áreas abrangidas por fenómenos climáticos adversos que, “pela sua gravidade e duração, impeçam o cumprimento de norma ou de parte de norma das boas condições agrícolas e ambientais vão beneficiar de uma derrogação temporária por condições meteorológicas”.

O Ministério da Agricultura assinalou que o primeiro ano de aplicação da PAC “demonstrou a necessidade de serem feitos ajustamentos”, de modo a garantir a implementação dos Planos Estratégicos da Política Agrícola Comum (PEPAC).

O Conselho de Ministros da Agricultura e o Parlamento aprovaram a proposta de regulamento para a simplificação da PAC, sendo agora necessário adaptar as normas nacionais.

O prazo de candidaturas ao Pedido Único (PU) 2024 foi também alargado até 14 de Junho. Inicialmente, as candidaturas poderiam ser submetidas entre 1 de Março e 31 de Maio.

Para darmos previsibilidade aos agricultores, para que eles possam utilizar estas novas regras de simplificação, vamos alargar o Pedido Único até 14 de Junho do corrente ano, sem alterarmos o calendário previsto”, assinalou, citado na mesma nota, o ministro da Agricultura.

Na quarta-feira, a Confagri (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal) mostrou-se preocupada com a evolução do número de candidaturas ao PU, “tendo em conta as dificuldades e os problemas que voltam, repetidamente, a acontecer com os sistemas de informação”.

O secretário-geral da Confagri, Nuno Serra, lamentou a “burocracia excessiva” associada a este processo.

O PU é um pedido de pagamento directo das ajudas que fazem parte dos regimes sujeitos ao SIGC - Sistema Integrado de Gestão e Controlo.

Este pedido abrange os pagamentos directos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da actividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados