Quase metade de Portugal continental estava em seca meteorológica no fim de Maio
- Sociedade
- 18/06/2024 11:21
Quase metade do território de Portugal continental estava no final de Maio em seca meteorológica fraca ou moderada, com maior enfoque na região Sul, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A 31 de Maio cerca de 48% do território estava em seca meteorológica fraca (36,3%) a moderada (11,9), enquanto no final de Abril, apenas 8% do território estava em seca fraca.
De acordo com o boletim, houve um aumento da área em seca na região Sul, bem como da sua intensidade, com grande parte do distrito de Beja e o sotavento Algarvio a enfrentarem seca moderada.
No final de Maio, 36,3% do território estava na classe de seca fraca, 35,4% na classe normal, 11,9% em seca moderada, 11,9% na chuva fraca, 3,0% em chuva moderada e 1,5% em chuva severa.
O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.
Os dados do Boletim Climatológico do IPMA indicam também que o mês passado classificou-se como normal em relação à temperatura do ar e seco quanto à precipitação.
Durante o mês ocorreram duas ondas de calor, tendo a primeira sido registada no período de 7 a 12, com a duração de seis dias a abranger alguns locais do interior Centro e Sul, e a segunda no final de Maio, tendo-se prolongado até aos primeiros dias do mês de Junho em alguns locais do Norte, interior Centro, vale do Tejo e interior Sul. Segundo os dados, o total de precipitação mensal (33,5 milímetros), foi inferior (28,9 milímetros) ao valor médio 1981-2010.
No que diz respeito à percentagem de água no solo, o instituto refere que houve uma diminuição muito significativa da percentagem em todo o território.
As regiões do nordeste transmontano e vale do Tejo registaram valores de percentagem de água no solo entre 20 a 40% e a região sul, em particular o Baixo Alentejo com valores inferiores a 20%.
Texto: ALVORADA com agência Lusa