Matrículas dos alunos do 2º ao 5º anos alargadas até sexta-feira
- Sociedade
- 11/07/2024 11:54
O Ministério da Educação alargou o prazo das matrículas dos alunos do 2º ao 5º ano até sexta-feira, na sequência de problemas na plataforma que voltaram a impedir os encarregados de educação de realizar as inscrições.
Na madrugada de quarta-feira, último dia do calendário para as matrículas dos alunos do 2º ao 5º ano, “ocorreram problemas técnicos num equipamento de refrigeração do centro de dados da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN)” que afectaram o Portal de Matrículas, revelou ao final do dia de quarta-feira o gabinete do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).
A tutela garante que as equipas técnicas e os fabricantes dos equipamentos tentaram resolver o problema em tempo útil, mas não conseguiram, motivo que levou ao alargamento do prazo após a “garantia de que a situação está normalizada”.
Em comunicado, o Governo volta a lamentar o incómodo e a perturbação causada aos encarregados de educação e escolas devido a falhas do Portal das Matrículas, que já levaram também, por duas vezes, ao alargamento do prazo para a inscrição dos alunos dos 6º, 7º, 8º, 9º e 11º anos.
Na audição parlamentar realizada na quarta-feira, o ministro Fernando Alexandre responsabilizou o anterior Governo pelos atrasos na preparação do ano lectivo, referindo-se aos constrangimentos no Portal das Matrículas e aos atrasos nas colocações dos docentes.
“Acabaram com uma plataforma que funcionava mal para criar uma nova. Quando chegámos começou a ser feita a plataforma”, referiu, acrescentando que a nova “plataforma foi testada com os alunos que se matricularam”.
Mais de duas semanas após a abertura do prazo para as matrículas, vários pais continuavam na quarta-feira sem conseguir inscrever os filhos, uma situação que Fernando Alexandre reconheceu ser desagradável, sublinhando que “afecta a vida de centenas de milhares de pessoas”.
“Já pedi desculpa, porque acho lamentável que as famílias percam tanto tempo para fazer uma coisa que deveria ser um clique. (…) Isto é um falhanço do processo de digitalização, mas que nós pretendemos corrigir”, referiu, garantindo que os sistemas de informação irão ser reforçados e no próximo ano “os erros não se vão repetir”.