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Covid-19: Politécnico de Leiria com ensino presencial e aulas ao sábado

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O Politécnico de Leiria vai arrancar o ano lectivo 2020/2021 com ensino presencial, complementando algumas actividades à distância, e algumas aulas realizar-se-ão ao sábado para diminuir a pressão nos espaços. o presidente da instituição de ensino superior, Rui Pedrosa, explicou que “este será um ano extremamente desafiante, por múltiplos motivos, no qual a pandemia Covid-19 será um factor determinante na base do planeamento e tomada de decisão, quer estejamos a falar do ensino, da investigação, da partilha e valorização de conhecimento ou da internacionalização”.

Recorde-se que o IPLeiria tem duas das cinco escolas na região Oeste: Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (Peniche) e Escola Superior de Artes e Design (Caldas da Rainha), para além de contar ainda com um pólo de ensino em Torres Vedras.

Rui Pedrosa acrescentou que “o arranque do ano académico será com ensino presencial complementado com algumas actividades lectivas à distância e ensino misto”, e com algumas aulas ao sábado, como “estratégia para reduzir a pressão” nas escolas. “Esta medida será adoptada por algumas das nossas escolas, em particular pelas maiores”, sublinhou.

Segundo Rui Pedrosa, “os cursos terão manchas horárias de manhãs ou tardes, de modo a reduzir a pressão nos ‘campus’, bem como alocação a um número reduzido de salas”, o que permitirá ter o “efeito de ‘bolha’ por turma caso seja necessário adoptar alguma medida em função de casos positivos, que serão praticamente inevitáveis”.

O Politécnico de Leiria está a realizar um “enorme investimento para reduzir ao máximo os riscos de contágio”, apostando ainda num reforço dos equipamentos de protecção individual e sistemas de higienização, que estão instalados em todas as salas de aula, incluindo laboratórios dedicados ao ensino e à investigação”.

Os refeitórios das cinco escolas do Politécnico de Leiria vão funcionar em horário alargado e com a lotação reduzida para metade, “com regras apertadas de higienização”. “Nas residências de estudantes, a diminuição de camas é muito reduzida, pois com reorganização do mobiliário conseguimos cumprir com as regras recomendadas pela Direcção-Geral da Saúde e pelo nosso Ministério”, revelou Rui Pedrosa. Segundo o presidente, manter as cerca de 750 camas disponíveis nas residências dos serviços de acção social “é determinante em qualquer instituição, mas ainda mais relevante numa instituição como o Politécnico, que tem mais de 3.000 bolseiros”.

A liderar a Universidade Europeia RUN - Regional University Network, o Politécnico de Leiria espera receber estudantes internacionais e assegura todas as medidas de segurança sanitária. “A nível nacional existem medidas transversais, nomeadamente quanto à obrigatoriedade de realização de testes de diagnóstico para os estudantes internacionais, e isto trará segurança à sua mobilidade”, salientou, lembrando que a instituição tem um centro de diagnóstico para a Covid-19, que também será utilizado para estratégias de rastreio na academia.

Rui Pedrosa lamentou ainda o “subfinanciamento crónico” do Politécnico de Leiria, que recebeu um reforço de 2% via Orçamento do Estado, à semelhança das outras instituições de ensino superior. “Um aumento igual para todas as instituições aumenta as desigualdades do financiamento. O Politécnico de Leiria é a nova maior instituição de ensino superior pública em Portugal e a quinta mais subfinanciada”, constatou. O presidente precisou: “Existem instituições de ensino superior com, aproximadamente, metade dos nossos estudantes e com financiamento idêntico ao nosso, e outras com pouco mais estudantes do que o Politécnico de Leiria e com mais de 10 milhões de euros de financiamento anual, quando comparado com o Politécnico de Leiria”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados