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Covid-19: ARS-LVT cria novo modelo de gestão de camas hospitalares

ARSLVT

Foi constituído um novo modelo de gestão das camas hospitalares da área de intervenção da ARS-LVT - Administração Regional de Saúde da Região de Lisboa e Vale do Tejo, que será gerido pelo recém-criado Grupo Regional de Gestão Centralizada e Núcleo de Apoio à Decisão. Esta medida anunciada esta quinta-feira está de acordo com o Plano de Outono-Inverno 2020-2021 da Direcção-Geral da Saúde, para a liderança e coordenação da resposta ao risco sazonal e da resposta Covid e não-Covid-19, que “deve potenciar a articulação entre o Ministério da Saúde, os seus serviços e os estabelecimentos do SNS - Serviço Nacional de Saúde aproveitando a capilaridade da sua rede”, destaca em comunicado enviado ao ALVORADA.

Segundo a instituição liderada por Luís Pisco, “a coordenação da utilização da capacidade instalada nos estabelecimentos hospitalares integrados no SNS constitui uma responsabilidade essencial neste domínio”. De destacar que, a nível nacional, o Ministério da Saúde e as suas instituições centrais assumem a coordenação estratégica das medidas e acções para o cumprimento dos objectivos do plano, “implementadas em cascata”, através da intervenção estruturada e articulada a nível regional – Administrações Regionais de Saúde (ARS) e respectivos Departamentos de Saúde Pública - e local - Agrupamentos de Centros de Saúde, Unidades Locais de Saúde, respectivas Unidades de Saúde Pública, e Unidades Hospitalares.

A legislação em vigor refere que compete à ARSLVT, no âmbito da respectiva área de intervenção territorial, "executar a política nacional de saúde, de acordo com as políticas globais e sectoriais, visando o seu ordenamento racional e a optimização dos recursos" e "assegurar a adequada articulação entre os serviços prestadores de cuidados de saúde". “Considerando que essa coordenação envolve especial complexidade face à exigência de equilibrar o melhor possível a resposta a todas as necessidades de saúde dos cidadãos, implicando capacidade de adaptação e ajustamento contínuo dos serviços num cenário de incerteza, a ARSLVT criou duas equipas que, juntas, constituem o novo modelo de gestão centralizada de camas hospitalares: o Grupo Regional de Gestão Centralizada (GRGC), que vai analisar a informação trabalhada pelo Núcleo de Apoio à Decisão (NAD) e fazer a interface entre o Conselho Directivo da ARSLVT e os hospitais da região”, informa este organismo tutelado pelo Ministério da Saúde.

O GRGC conta com a colaboração de elementos de vários grupos de profissionais da saúde e funciona junto do conselho directivo da ARSLVT, reportando ao seu presidente Luís Pisco. No seu modelo de funcionamento articula com os Conselhos de Administração dos estabelecimentos hospitalares regionais do SNS, através das suas direcções clínicas. Já quanto ao NAD, pelas suas competências em matéria de coordenação de operações, logística e informação, integra elementos do Estado-Maior-General das Forças Armadas. As duas equipas iniciaram o seu trabalho esta semana.

Ainda segundo a ARS-LVT, reportando-se a dos de terça-feira, os hospitais de Lisboa e Vale do Tejo tinham 517 camas de enfermaria dedicadas a doentes Covid-19, estando ocupadas 420. Nas UCI - Unidade de Cuidados Intensivos, estavam alocadas 97 camas, 64 das quais ocupadas. A capacidade instalada na região é de 6.330 camas de enfermaria e de 301 camas de UCI de adultos polivalente.

O plano de contingência para a gestão de camas hospitalares na região prevê três níveis de resposta, aumentando sucessivamente o número de camas de enfermaria dedicadas à Covid-19. O Nível Base conta com 402 camas, sendo sucessivamente alargado para 571, 738 e 917. Nas UCI da região, a capacidade instalada pode expandir-se do Nível Base 75 para, sucessivamente, 104, 148 e 185 camas, respectivamente.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)