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Covid-19: Celebração do Natal na Europa vai depender de medidas adoptadas agora - ECDC

Covid 100

A celebração do Natal este ano na Europa vai “depender muito” das medidas adoptadas agora pelos países europeus para combater a pandemia de Covid-19, avisa o Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

“Ainda falta algum tempo até ao Natal, mas penso que a forma como o Natal será celebrado depende muito do que for feito agora”, declara o director do departamento de Vigilância do ECDC, Bruno Ciancio, em entrevista à agência Lusa.

Numa altura em que a Europa está a registar, por dia, cerca de 250 mil novos casos e mais de 2.000 mortes, o responsável acrescenta: “Se formos capazes de reverter esta tendência, isso irá permitir que possamos ter um bom Natal”. Ainda assim, admite que, à semelhança do Verão, esta será uma época natalícia atípica. “Não será um Natal com viagens pelo mundo ou com grandes ajuntamentos, mas ainda poderá ser um Natal com significado e pacífico se baixarmos as taxas de infecção”, conclui Bruno Ciancio na entrevista à Lusa.

As declarações de Bruno Ciancio surgem depois de, em meados deste mês, o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, ter admitido que poderá ser necessário “repensar o natal em família”, devido ao aumento exponencial de casos de Covid-19. “É preciso repensar o Natal em família, repensa-se o Natal em família. Não pode ser um Natal com 100 pessoas, com 60 pessoas, com 50 pessoas, com 30 pessoas, divide-se o Natal pelas várias componentes na família”, referiu o chefe de Estado na altura. Também nessa ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que “é preciso que as pessoas percebam que isto é uma tarefa de todos”, acrescentando que “essa tarefa significa cada qual por si fazer um esforço”. O chefe de Estado exortou, ainda, a uma “precaução adicional, neste período de pico” da pandemia.

Sediado na Suécia, o ECDC tem como missão ajudar os países europeus a dar resposta a surtos de doenças. Em todo o mundo, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43,5 milhões de casos de infeção. Em Portugal, morreram 2.371 pessoas dos 124.432 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

Texto: ALVORADA com agência Lusa