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Covid-19: Disponibilidade de oxigénio medicinal monitorizado nos hospitais pelo Infarmed

Covid 19

O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento garantiu hoje que, devido à pandemia de Covid-19 e ao aumento de procura de serviços de saúde, está a monitorizar o consumo de medicamentos, incluindo oxigénio, em estreita articulação com os hospitais.

Em comunicado, o Infarmed refere que essa monitorização, nomeadamente da disponibilidade de oxigénio, está também a ser feita em articulação com os titulares de Autorização de Introdução no Mercado (AIM), não havendo qualquer perigo de ruptura de fornecimento. "De uma recente monitorização efectuada, conclui-se que actualmente existem cinco titulares de AIM para o oxigénio medicinal e todas as apresentações comercializadas se encontram disponíveis para abastecimento e nenhuma se encontra em situação de ruptura ou com ruptura prevista”, refere o organismo público. Segundo o Infarmed, a associação do sector, APQuímica, afirma que “existe em Portugal capacidade de produção e de distribuição de oxigénio medicinal”.

Tendo presente o aumento de consumo devido à pressão que se exerce sobre as unidades de saúde, o Infarmed apela, contudo, para uma gestão criteriosa do produto disponível e reitera o teor da directiva, de 1 de Abril de 2020, cujos requisitos técnicos excepcionais se encontrarão em vigor durante a fase pandémica.

A circular recomenda às instituições hospitalares que devem “garantir a encomenda das quantidades efectivamente necessárias, com base numa gestão interna optimizada e integrada”, bem como providenciar o retorno imediato, aos respectivos fornecedores, de todo o material usado e vasilhame vazio que detenham, por forma a possibilitar o enchimento atempado para nova reutilização. Este foi - nota o Infarmed - um dos aspectos sublinhados por todos os titulares de AIM e que poderá estar na base de constrangimentos sentidos no abastecimento de algumas unidades hospitalares.

Assim, por forma a melhorar a gestão de ’stocks’ e a contribuir para a agilidade do abastecimento, o Infarmed recorda que é imperioso que os hospitais procedam ao retorno dos cilindros de oxigénio vazios para enchimento (sobretudo os de menor dimensão), em locais próprios e de fácil acesso. "A não devolução atempada dos recipientes vazios, dificulta a rapidez no reabastecimento e reutilização dos recipientes. Não havendo problema de escassez no fabrico destes gases medicinais, não se justificam situações de armazenamento", alerta ainda o Infarmed.

Segundo explica o Infarmed, o fornecimento de oxigénio medicinal pode ser efectuado em diferentes apresentações, quer sob a forma líquida, quer sob a forma gasosa, com recurso a cilindros. Os cilindros de maior dimensão, por exemplo, os de 50 litros, devem ser os de primeiro recurso, sendo os de menores dimensões, como os de cinco litros com regulador e caudalímetro incorporado, apenas para transporte intra e inter-hospitalar (e não para uso continuado em doentes de alto fluxo ou doentes ventilados), adianta o Infarmed. Assim - acrescenta - torna-se "importante a transição para cilindros de maiores dimensões, os quais também se encontram disponíveis".

O Infarmed reitera, por último, que continuará a monitorizar a disponibilidade destes medicamentos em estreita articulação com todas as unidades de saúde, devendo qualquer questão relacionada ser dirigida à Unidade de Projectos Interinstitucionais e para a o Sistema de Saúde.

Texto: ALVORADA com agência Lusa