Legislativas: “Ter medo do voto dos portugueses” é “ter medo da democracia” diz Presidente da República
- Sociedade
- 30/01/2022 16:28
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje, após ter votado, que “ter medo do voto dos portugueses” é “ter medo da democracia”.
“Ninguém tem que ter medo do voto dos portugueses, porque isso é ter medo da democracia. Uma coisa é a nossa opinião e o nosso voto, outra coisa é admitir a diversidade e o voto de todos os portugueses”, afirmou o Chefe do Estado, depois de ter votado em Molares, Celorico de Basto, no distrito de Braga.
Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa prosseguiu: “O voto dos portugueses é o que for. É em função desse voto que realmente se vai determinar um futuro, que é muito importante para sair da pandemia”.
O Presidente lembrou que ao novo Governo caberá a missão de “acelerar o crescimento económico e a utilização dos fundos europeus”.
Questionado sobre se estava arrependido de ter dissolvido o Parlamento, respondeu: “O que está feito, está feito, é preciso olhar para o futuro”. O Presidente disse ter feito “em consciência o que tinha de fazer”, recordando que “o Conselho de Estado, esmagadoramente, apoiou, os portugueses apoiaram”.
Apelou, depois, ao voto dos portugueses nas eleições de hoje, sublinhando que até às 13h05, quando votou na freguesia de Molares, a participação dos eleitores era mais elevada do que nas legislativas de 2019. “Agora é preciso olhar para o fundamental, que é os portugueses votarem e pelos vistos os números são melhores dos que os de 2019. Votarem, porque é uma prova de vida, uma prova de vitalidade, uma prova de democracia e uma prova de que querem exprimir a sua voz”, frisou.
Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que os eleitores “devem exprimir a sua voz e têm muitas escolhas”. “Uma das riquezas do nosso sistema é realmente oferecer tantas hipóteses alternativas e [os portugueses} devem aproveitá-las”, observou.
Sobre os diferentes cenários governativos que possam sair destas eleições, Marcelo disse não pretender “entrar em especulações”. “Sabem que vou receber os partidos na terça e na quarta, sabem que este é o conjunto de problemas que os portugueses conhecem e que o futuro Governo vai ter de enfrentar”, afirmou, lembrando que “a fórmula de Governo e o tipo de Governo”, é que vai “perguntar aos partidos, olhando para os resultados, como é que veem o futuro imediato em termos de governação”. “Antes disso não me vou pronunciar”, insistiu.