Ucrânia: Portugal recebeu 1.670 pedidos de protecção temporária de refugiados
- Sociedade
- 07/03/2022 15:59
Portugal recebeu desde o início da invasão russa da Ucrânia 1.670 pedidos de protecção temporária, revelou hoje à Lusa o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
A actualização feita pelo SEF é referente ao período entre 24 de Fevereiro e as 13h00 de hoje.
O Governo português concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.
Segundo o SEF, a maioria dos pedidos de protecção temporária são de cidadãos da Ucrânia (1514), mas existem ainda três dos Estados Unidos, outros três da Rússia, da Lituânia e Turquia, bem como uma do Afeganistão.
Dos 1.670 pedidos de protecção temporária, 145 foram feitos entre 24 e 28 de Fevereiro por ucranianos e estão enquadrados no âmbito dos pedidos de proteção internacional efectuados antes da entrada em vigor da resolução do Conselho de Ministros que estabelece a protecção temporária.
Segundo uma resolução do Conselho de Ministros, aos requerentes de protecção temporária é atribuída, de forma automática, autorização de residência por um ano, que pode ser prorrogada duas vezes por um período de seis meses. Estes pedidos podem ser apresentados nos centros nacionais de Apoio à Integração de Migrantes e nas delegações regionais do SEF.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras disponibiliza em todo o país 24 balcões de atendimento dedicados exclusivamente a cidadãos ucranianos.
O SEF tem também no Aeroporto de Lisboa uma estrutura para registar pedidos de protecção temporária para os cidadãos ucranianos que cheguem a Portugal por via aérea.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil. Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.