Covid-19: Reforço vacinal previne consequências graves da infecção por linhagens BA.2 e BA.5 da ‘Omicron’
- Sociedade
- 08/08/2022 18:27
O reforço da vacinação contra a Covid-19 previne substancialmente o risco de hospitalização e morte na consequência de infecções pelas linhagens BA.2 e BA.5 da variante ‘Omicron’, segundo um estudo hoje divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
“A vacinação de reforço continua a prevenir substancialmente consequências mais graves da doença para ambas as linhagens” do coronavírus SARS-CoV-2, refere a DGS em comunicado, a propósito das conclusões de um estudo da autoridade nacional de saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
A investigação, em colaboração com a Administração Central do Sistema de Saúde, o Algarve Biomedical Center e a Unilabs, analisou pessoas com Covid-19 entre 25 de Abril e 10 de Junho para avaliar a efectividade da vacina em infecções pelas duas linhagens dominantes nesse período.
De acordo com as conclusões, o risco de infecção é semelhante entre as duas linhagens, tanto em pessoas com o esquema vacinal completo, como em pessoas com a dose de reforço, mas em casos de doença mais grave a eficácia do reforço vacinal revelou-se ligeiramente diferente. “Nos casos de doença mais grave, o estudo demonstrou uma redução da protecção dada pela dose de reforço da vacina para a linhagem BA.5, comparativamente à imunização conferida para a BA.2”, refere o comunicado.
Ainda assim, a vacinação de reforço reduz “de forma substancial” o risco de hospitalização e de morte na sequência da infecção pelas duas linhagens, variando entre 77% e 88% no caso da linhagem BA.5. “O trabalho dos especialistas do INSA e da DGS contribui, assim, para robustecer a evidência (prova) científica sobre a efetividade das vacinas para a linhagem BA.5 da variante ‘Omicron’, actualmente dominante em Portugal e em outros países da Europa, bem como para evidenciar a importância da vacinação de reforço para uma maior protecção contra a Covid-19”, sublinha o comunicado.
Detectada pela primeira vez entre 28 de Março e 3 de Abril, desde meados de maio que a linhagem BA.5 é dominante em Portugal. A BA.2, por sua vez, foi detectada pela primeira vez no final de 2021 e em Março deste ano o INSA estimou que fosse responsável por 82% das infecções registadas em Portugal àquela data.