Mafra é primeiro município português a comprometer-se a cumprir Agenda 2030
- Sociedade
- 05/09/2022 21:52
Mafra tornou-se hoje no primeiro município do país e um dos 35 em todo o mundo a assumir o compromisso de cumprir os objectivos da Agenda 2030, ao juntar-se às ‘Cidades ODS’ das Nações Unidas, numa cerimónia na Ericeira.
O coordenador do programa UN Habitat da Organização das Nações Unidas, Dyfed Aubrey, disse à agência Lusa que Mafra é a primeira em Portugal a ser ‘Cidade - Objectivos para o Desenvolvimento Sustentável’ (ODS) e uma das 35 que já aderiram em todo o mundo. “É um programa muito importante para as mudanças que ambicionamos para o desenvolvimento sustentável”, frisou o responsável, no fim da cerimónia, na qual entregou a certificação prata do programa àquele município do distrito de Lisboa. Para Dyfed Aubrey, a adesão ao programa permite “acelerar” as mudanças que o planeta deverá fazer até 2030 em prol do desenvolvimento sustentável.
Com este compromisso, Mafra assume o compromisso de cumprir com os 17 objectivos da Agenda 2030, como erradicar a pobreza e a fome, promover saúde e educação de qualidade, a igualdade de género, reduzir as desigualdades, promover a produção e consumo sustentáveis ou proteger a vida marinha e terrestre. “Receber esta distinção constitui a expressão do reconhecimento e a assunção de uma responsabilidade acrescida”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva, no seu discurso durante a cerimónia.
O responsável da ONU adiantou que, em todo o mundo, pretende-se que duas mil cidades possam aderir ao programa. Em Portugal, “Mafra incentiva outros municípios para o programa e a juntar esforços para trabalharem em conjunto e acelerarem as mudanças que precisamos”, sublinhou.
Na cerimónia, foi estabelecido um acordo entre o representante do programa e os municípios portugueses de Mafra, Braga e Loulé para a criação de laboratórios ODS, através dos quais possa ser dada formação no âmbito do programa. Do acordo, fez também parte o município moçambicano de Quelimane para promover o programa naquele país africano.
Texto: ALVORADA com agência Lusa