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COVID-19: Federação das adegas cooperativas preocupada com importações oportunistas

Fenadegas

A Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal (Fenadegas) manifestou-se hoje preocupada com “importações oportunistas e especulativas” de vinhos, que penalizam o sector numa altura de quebra de vendas e depreciação de preços. Entre as 54 cooperativas que constituem esta organização figuram várias cooperativas do Oeste.

Num comunicado enviado às redacções, esta federação alerta para a “actual situação de mercado interno, com uma enorme quebra de vendas, motivada não só pela normal retracção" do mercado interno, face ao encerramento da restauração e de grande parte dos circuitos de distribuição, como ainda, "pelas dificuldades sentidas na exportação”, que está a causar uma “depreciação contínua e significativa de preços”. Esta situação, acrescenta, pode ser ainda potenciada por “importações oportunistas e especulativas de vinho”, que penalizam o sector e o tecido cooperativo, numa altura em que sofre os efeitos da pandemia de Covid-19 e das medidas de confinamento adoptadas para evitar a sua propagação.

Assim, preocupada com o controlo efectivo dos circuitos comerciais dos vinhos importados, a Fenadegas enviou hoje uma carta ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, com conhecimento do ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, e do presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Bernardo Gouvêa, a manifestar as suas preocupações e a apelar a que as entidades competentes garantam esse controlo e acompanhamento. “Defender a genuinidade e qualidade do Vinhos de Portugal é também uma forma de garantir o futuro do sector e obstar a que vinhos de países terceiros venham a ser objecto de uma qualquer ajuda aprovada" para esta área em Portugal, "prejudicando todo o sector”, lê-se ainda na nota divulgada.

Texto: ALVORADA