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Projecto ‘Guarda-Rios Lourinhã’ da Lourambi com apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian

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‘Guarda-Rios Lourinhã: Monitorização, Acção e Sensibilização para o Rio Grande e Rio do Toxofal’ é um dos 11 projectos que vão ser apoiados este ano pela Fundação Calouste Gulbenkian para envolver os cidadãos no desenvolvimento de políticas climáticas, anunciou hoje a instituição. Promovido pela Lourambi - Associação para a Defesa do Ambiente do Concelho da Lourinhã, este projecto pretende continuar a envolver a comunidade local no primeiro projecto de monitorização fluvial do concelho, através de várias iniciativas participativas.

Os 11 projectos seleccionados serão desenvolvidos ao longo do ano e são apoiados com um valor global de 300 mil euros, para “reforçar a resiliência das comunidades e desenvolver narrativas climáticas com impacto positivo”. À Lourambi foi atribuído um subsídio de 16.596 euros para o projecto que deverá ser desenvolvido no prazo de um ano.

Em comunicado, a Fundação Gulbenkian refere que, no decorrer das candidaturas recebeu um total de 139 propostas, tendo sido escolhidas 11 como finalistas. Os projectos seleccionados são promovidos por autarquias, associações, centros de investigação e o sector empresarial em todo o país. Segundo informação publicada no ‘site’ da fundação, a instituição “considera existir um grande interesse em aumentar a participação pública na acção climática em Portugal" e que, ao longo do próximo ano, serão também programadas actividades “que promovam uma partilha de conhecimentos mais ampla e a construção de uma comunidade de organizações que defendam a participação pública”. “As aprendizagens desta iniciativa serão disseminadas pela Fundação e por todas as organizações participantes, incentivando outros a aplicar as metodologias que se revelarem mais eficazes”, refere a informação.

Aproximar a população da Lourinhã dos rios locais, promovendo o envolvimento da comunidade no primeiro projecto de monitorização fluvial do concelho, através de várias iniciativas participativas. Tem como parceiros o Município da Lourinhã, jornal ALVORADA e Rádio Clube da Lourinhã, tendo como público-alvo os jovens da Lourinhã, até aos 16 anos, bem como a população sénior.

Os projectos seleccionados propõem-se a envolver os cidadãos no desenvolvimento de políticas climáticas locais, promover a sua participação na recuperação de ecossistemas marinhos, costeiros e fluviais, reforçar a resiliência das comunidades e desenvolver narrativas climáticas com impacto positivo. Implementados ao longo do próximo ano e representando um investimento total de cerca de 300 mil euros, os projectos serão liderados por consórcios que envolvem autarquias e ONG ambientais, bem como outras entidades públicas e privadas ligadas ao meio académico, a centros de investigação e ao sector empresarial.

Esta iniciativa recorre a metodologias participativas e de reforço de capacidades (como assembleias de cidadãos, workshops, orçamentos participativos e outras iniciativas comunitárias) para envolver grupos sub-representados na agenda climática local - nomeadamente comunidades rurais, comunidades piscatórias, idosos, jovens, trabalhadores da indústria, organizações do sector social e solidário e agentes económicos locais - e contribuir para o desenvolvimento local sustentável.

Seleccionados a partir de um total de 139 candidaturas, os projectos apresentados por municípios, ONG e entidades públicas e privadas, representam uma grande pluralidade de iniciativas de mobilização climática em todo o território nacional. Os finalistas foram escolhidos por um júri independente constituído por Luísa Schmidt, investigadora principal do ICS; Maria José Rebelo, directora de Sustentabilidade dos CTT; e Sofia Guedes Vaz, directora do Programa de Engenharia do Ambiente da NOVA CAIRO, The Knowledge Hub Universities (Egipto).

Os 11 projectos de Participação Climática irão produzir conhecimento sobre metodologias e estratégias que podem, no futuro, ser replicadas e escaladas. Esta iniciativa surge na sequência da conferência Acção Climática e Participação Pública, faz parte de uma estratégia da Fundação Gulbenkian que pretende promover o investimento numa participação pública efectiva e apoiar uma sociedade civil próspera em Portugal. “Estamos extremamente entusiasmados com esta selecção de projectos da Iniciativa de Participação Climática. Em conjunto, revelam uma grande apetência para a acção climática em Portugal e o potencial para envolver ainda mais as comunidades locais. O nosso objectivo é garantir que toda a sociedade possa dar um contributo e influenciar a agenda da sustentabilidade, em particular as pessoas mais vulneráveis às alterações climáticas”, considerou Louisa Hooper, directora do Programa de Sustentabilidade e da Delegação no Reino Unido da Fundação Calouste Gulbenkian, num comunicado da instituição portuguesa publicado na sua página oficial.

Texto: ALVORADA com agência Lusa