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Autárquicas: Conselho de Jurisdição Nacional do PSD analisa processo da Lourinhã

PSD Lourinha IV

O Conselho de Jurisdição Nacional do PSD reuniu-se para deliberar sobre várias queixas apresentadas nos últimos meses por concelhias, entre as quais a da Lourinhã, que consideram que foram ultrapassadas pelas escolhas da direcção nacional, que terá reivindicado a escolha de alguns candidatos autárquicos. Segundo revelou hoje o Expresso e a Sábado, para além da concelhia social-democrata lourinhanense, estão ainda envolvidos os dossiês autárquicos de Barcelos, Castelo Branco, Guarda e Vila Nova de Paiva. Ainda não foi revelada a decisão final do CJN do PSD.

Recorde-se o processo de escolha do cabeça-de-lista pelo PSD/Lourinhã foi muito conturbado, ao ponto do PSD/Oeste, liderado por Duarte Pacheco, ter avocado à comissão política distrital, contra a vontade da concelhia, que escolheu para cabeça-de-lista o empresário social-democrata Orlando Carvalho, que mereceu posteriormente a aprovação de Rui Rio. Este processo levou à demissão da comissão política concelhia, presidida por Mafalda de Taborda Lourenço, em protesto contra a decisão da distrital, e, consequentemente, à realização de eleições para a estrutura. Sérgio Fontes acabou por derrotar nas urnas a anterior presidente, que se recandidatou, tendo sido eleito o novo líder do PSD/Lourinhã. 

Sobre este processo desencadeado pelo Conselho de Jurisdição Nacional, o presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje “muito desagradável” a deliberação que aquele órgão está a fazer sobre as escolhas da direcção para algumas autarquias, e disse que “cá está para resistir”.

Interpelado a propósito da reunião do conselho de Jurisdição Nacional do PSD para deliberar sobre queixas apresentadas por várias concelhias de serem ultrapassadas pela direcção do partido para a escolha de candidatos, Rui Rio respondeu que “é muito desagradável” assistir “a isto permanentemente”. “Primeiro foi lá o processo disciplinar a mim próprio, depois um processo disciplinar ao líder da bancada [parlamentar, Adão Silva], agora é mais, nem sei bem, uns candidatos que não estão bem”, completou o presidente do partido, à margem do lançamento do livro ‘Portugal - Liberdade e Esperança’, do economista e também social-democrata Joaquim Miranda Sarmento, em Lisboa.

Rui Rio criticou os elementos do PSD que, “de uma forma mais por cima da mesa ou mais por baixo da mesa, mais institucional ou menos institucional”, estão a “remar contra” para conseguirem de “qualquer maneira” prejudicar o partido. “Costumam dizer resiliência, eu gosto mais do termo resistência, e a Direcção Nacional cá está para resistir”, sustentou o dirigente social-democrata. Contudo, rejeitou a tese de escolher candidatos à revelia dos órgãos locais. “Quem é que escolheu sempre os candidatos a Lisboa, os candidatos ao Porto, ou quando as concelhias e as distritais não se entendem? Enfim…”, comentou.

Texto: ALVORADA com agência Lusa