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Coligação PSD/CDS justifica abstenção no orçamento e plano da Câmara da Lourinhã face à “continuidade de medidas avulsas”

PSD CDS conf imprensa 24122021

Os eleitos do PSD e CDS no executivo e Assembleia Municipal da Lourinhã justificam a abstenção na votação das Grandes Opções do Plano de Actividades e Orçamento de 2022, porque os documentos “reflectem a inoperância do executivo socialista em cumprir sucessivamente os seus planos anuais”. Trata-se do primeiro orçamento municipal do terceiro e último mandato do executivo socialista liderado por João Duarte Carvalho.

Em conferência de imprensa conjunta realizada esta quinta-feira na sede dos sociais-democratas na vila lourinhanense, os representantes da coligação autárquica ‘Lourinhã somos nós’ destacaram que a quase totalidade das “grandes obras” para o próximo ano, já constam nas GOP desde 2018, início do mandato anterior, assim como em orçamentos anteriores. “As Grandes Opções do Plano que devem apresentar os investimentos estratégicos para o concelho”, sublinha a coligação de direita, que verifica que “as ‘Grandes Obras’, apesar de estarem já a decorrer, foram suspensas por diversas vezes e continuam, de um modo geral, sem indicação de previsão real de conclusão” e "mantendo-se uma continuidade de medidas avulsas”.

O plano e orçamento camarário foi aprovado pelo executivo camarário no passado dia 14 e, na última quarta-feira, pela Assembleia Municipal. Os autarcas do PSD/CDS criticam ainda a gestão socialista por omitirem projectos que “sendo este o primeiro orçamento pós-eleitoral, seria de esperar ver reflectidas as propostas apresentadas em campanha” eleitoral. É o caso da realização do projecto do IC11 (700 mil euros), conclusão da zona industrial das Papagovas ou a rotunda do ‘Zé Branco’ (junto à Marteleira). Há também, para a oposição de direita, a inexistência de projectos “no âmbito do desenvolvimento estratégico nomeadamente do PRR”, não se traduzindo em acções concretas geradoras de “mais-valias económicas e sociais”. Outra crítica apontada passa pela inexistência de um “projecto de desenvolvimento sustentado da Aguardente DOC Lourinhã” ou, ainda, do projecto para a construção da variante rodoviária da Lourinhã.

Os autarcas do PSD e CDS decidiram não votar favoravelmente o Orçamento e as Grandes Opções do Plano, optando pela abstenção, “aguardando que no próximo ano haja mais sensibilidade política e ambição na elaboração de tão importantes documentos”.

Participaram nesta conferência de imprensa o líder da concelhia social-democrata Sérgio Fontes, o vereador Orlando Carvalho e os membros da assembleia municipal António Gomes, Filomena Frade e Pedro Sousa.

Notícia desenvolvida na próxima edição impressa do ALVORADA.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA