Operação deteve traficantes na Galiza com ligação aos 1600 quilos de cocaína encontrados este ano no Oeste
- Oeste
- 21/12/2023 11:03
O Jornal de Notícias revelou que a Galiza foi palco, esta terça-feira, de uma operação policial contra o trafico de droga, com nove detenções de membros de uma rede que envolve o clã Piturros (galegos) mas também albaneses, italianos, colombianos e portugueses. Conta o jornal que a investigação teve origem na apreensão, em Abril, de 1600 quilos de cocaína na região Oeste, mais concretamente numa zona florestal do concelho de Peniche, perto do limite do concelho de Óbidos.
Foram vários inspectores da Polícia Judiciária que colaboraram nesta operação com as forças de segurança de vários países, que decorreu na madrugada desta terça-feira na zona de Salnês, um concelho da Galiza, contra o tráfico internacional de cocaína. As polícias dos dois países detiveram nove pessoas, incluindo um português, alegadamente responsáveis por uma das maiores redes de tráfico internacional de cocaína que usa a Península Ibérica como porta de entrada para a Europa. “Segundo informações das autoridades espanholas - a PJ guarda silêncio -, as investigações terão começado em 2022, com a apreensão de três toneladas de cocaína que viajavam a bordo de um navio com pavilhão africano, ao largo das Canárias, e que teriam como destino a Galiza e Portugal”, escreve o JN. Mais tarde, em Abril deste ano, ainda segundo o diário, a PJ, com a GNR e Guardia Civil espanhola, apreendeu, no concelho de Peniche, uma lancha rápida e 1600 quilos de cocaína. Na altura, as autoridades não conseguiram deter nenhum dos autores do crime, mas descobriram o cadáver de um pescador português, com sinais de ter sido vítima das hélices da lancha rápida, na altura em que terá tentado fugir. E terá sido no desenvolvimento da investigação deste caso que ocorreu a operação na Galiza, destaca o JN. Além da PJ e da Guardia Civil, também colaboraram na operação na Galiza, a DEA (agência norte-americana de combate à droga) e Interpol.
Ao que o JN apurou, parte dos detidos serão membros proeminentes do clã Piturros, do Balkan Cartel (conhecida mafia albanesa), da Ndrangheta (mafia calabresa, de Itália) e de um conhecido cartel colombiano. “Ao português detido ainda não são conhecidas ligações que terá a estas organizações criminosa”, conclui o jornal.
