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Caldas da Rainha cria centro de operações e zonas de apoio à população em caso de catástrofe

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A Câmara das Caldas da Rainha vai inaugurar um Centro Municipal de Operações de Socorro e duas Zonas de Concentração e Apoio à População que vão permitir aumentar a capacidade e rapidez de resposta em situações de emergência.

O novo Centro Municipal de Operações de Socorro das Caldas da Rainha (CMOS) vai “monitorizar em permanência pontos sensíveis em termos de incêndios florestais, de depósitos de água e da costa, estando preparado para, em caso de acidente ou de catástrofe, funcionar como um centro de gestão de meios e despacho de operacionais”, disse o coordenador municipal de Protecção Civil, Gui Caldas.

A estrutura, instalada no terceiro piso do edifício dos paços do concelho, está preparada para funcionar “de forma completamente independente em termos de energia eléctrica e de comunicações”, em caso de situações de emergência que levem ao corte de redes, assegurando “a comunicação via rádio com toda as entidades de protecção civil”, explicou Gui Caldas.

Equipado com oito monitores e uma consola de rádio, o centro permite visualizar “as imagens captadas por cerca de 20 câmaras de vigilância colocadas em locais estratégicos do concelho e, em caso de catástrofe, accionar um oficial de ligação de cada uma das entidades”.

A partir do centro de coordenação “será possível coordenar todas a operações, distribuir meios e, através de georreferenciação, enviar meios para o local sem que os operacionais tenham que perder tempo a indicar a sua localização”, acrescentou Gui Caldas.

Com inauguração marcada para o próximo dia 3 de Março, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Protecção Civil, o CMOS passará a partir desse dia a contar com um operador em premência, para monitorizar eventuais ocorrências, e, em caso de crise, o efectivo será reforçado com mais dois operacionais e pelo coordenador de operações, Gui Caldas.

O funcionamento passará ainda por reuniões e testes de operacionalidade dos equipamentos a realizar semanalmente com os meios de protecção civil da autarquia e, quinzenalmente, com todas as forças envolvidas, incluindo a GNR e PSP, o Exército, autoridades de saúde e bombeiros.

A par com o centro, em que investiu 75 mil euros, a câmara avançou também com a criação de duas Zonas de Concentração e Apoio à População (ZCAP municipal), instaladas em antigas escolas primárias.

Cada uma delas está preparada para acolher pessoas deslocadas em caso de incêndio ou de qualquer outra situação de emergência, estando equipadas de forma a fornecer alojamento, alimentação, banhos e todo o tipo de apoio que as pessoas precisem”.

O funcionamento destes equipamentos vai ser testado no dia 3, num simulacro envolvendo os meios de socorro e o sector de acção social da câmara, numa acção em que “serão colocados a estes meios problemas que podem surgir em situações reais e que precisam de ser resolvidos, como sejam os casos em que a pessoa deixou para trás um animal de estimação, que é preciso ir buscar, ou que se esqueceu de medicação, por exemplo”.

As ZCAP municipal têm capacidade para alojar, num dos casos 20 pessoas e noutro 15, mas, garantiu Gui Caldas, “a sua capacidade pode ser aumentada com recurso a tendas”.

O responsável disse ainda contar “com a colaboração da Cruz Vermelha para ajudar a responder a necessidades imediatas”.

O Dia Mundial da Protecção Civil, efeméride instituída a nível mundial pela Organização Internacional de Protecção Civil (OIPC), celebra-se a 1 de Março e, este ano, as comemorações decorrem nas Caldas da Rainha entre os dias 27 de Fevereiro e 3 de Março.

O programa, organizado em parceria pela Câmara das Caldas da Rainha e as demais estruturas que integram o sistema de protecção civil do distrito de Leiria, engloba exposições, simulacros e acções de sensibilização, entre outras actividades, que visam “informar e chamar a atenção para a importância da protecção civil, nomeadamente para a prevenção e para a coordenação de esforços em caso de emergência e calamidade”, refere um comunicado da autarquia.

Texto: ALVORADA com agência Lusa