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Ministra da Saúde admite necessidade de um novo hospital para o Oeste

Ministra da Saude e ARSLVT

A ministra da Saúde admitiu hoje a necessidade de construir um novo hospital para o Oeste, mas só depois de identificar o perfil e encontrar financiamento para a futura unidade. A construção de um novo hospital para a nossa região “é uma necessidade identificada”, reconheceu Marta Temido na Benedita, no concelho de Alcobaça, defendendo a necessidade de avançar com a identificação do “perfil” e da “carteira de serviços” que a nova unidade deverá ter.

Será em função “dessa carteira de serviços, dessas valências e dessas especialidades” que a ministra entende que deverá ser trabalhado “o programa funcional” que dará ao Governo “uma estimativa de custos” que permita “encontrar formas de financiamento”. Só então, segundo a governante, a região poderá “vir a ter aquilo que é a resposta necessária” para uma população actualmente servida por três estruturas (os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) “que têm cada uma delas problemas complexos em termos da sua qualidade infraestrutural”.

Recorde-se que a construção de um novo hospital para servir o Oeste há muito que se tem discutido e ganhou novos contornos após a OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste ter decidido mandar elaborar um estudo de localização do futuro equipamento hospitalar e, simultaneamente, ter este ano insistido junto do Governo que se trata de uma e infraestrutura essencial para o futuro da população da nossa região.

Marta Temido falava à margem da inauguração de uma nova Unidade de Saúde, a que hoje presidiu. Construída de raiz, a nova unidade de saúde aloja a Unidade de Saúde Familiar (USF) Santa Maria Benedita, onde 14 profissionais prestam serviço a 9.596 utentes inscritos. A obra representa um investimento de 1,900 milhões de euros, cofinanciado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (7,5%), pelo Município de Alcobaça (7,5%) e por fundos comunitários do ‘Portugal 2020’ (85%).

A presença de Marta Temida no Oeste começou por Peniche, onde ao início da manhã inaugurou as obras de requalificação do Centro de Saúde da cidade, um investimento superior a 900 mil euros. Marta Temido disse aos jornalistas que “a componente médica ficará assegurada, o que não significa que não haja outras necessidades que hoje identificaram relacionadas com outros grupos profissionais”. Vão ser colocados em breve três médicos para servir cerca de seis mil utentes que estavam sem médico de família, suprindo as carências da Unidade de Saúde Familiar agora criada.

A intervenção infraestrutural visou adequar o espaço à instalação de duas unidades de saúde familiar (USF) previstas e às necessidades actuais, tornando-as mais eficientes a prestar melhores cuidados de saúde à população. As instalações, construídas em 1985, “necessitavam de obras para se adaptarem aos novos tempos”, justificou Ana Pisco, directora do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte, a que pertence Peniche. O investimento ultrapassou os 900 mil euros, que foram financiados pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (15%) e por fundos comunitários do ‘Portugal 2020’ (85%).

O Centro de Saúde de Peniche, com 30.200 utentes, conta com nove médicos de família, um de saúde pública, 18 enfermeiros, um assistente social, um higienista oral e sete assistentes técnicos. Na mesma unidade, funcionam uma USF, a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, a Unidade de Cuidados na Comunidade, a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados e a Unidade de Saúde Pública, além da Unidade de Intervenção Local nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)